Política
Lula define sua 2ª visita oficial depois da posse; ‘estreia’ será na Argentina
Em Buenos Aires, o presidente participará de uma reunião da Comunidade de Estados Latinoamericanos e Caribenhos, a Celac


O presidente Lula (PT) visitará o Uruguai em 25 de janeiro, na segunda agenda internacional de seu terceiro mandato no Palácio do Planalto. Dois dias antes, o petista viajará à Argentina, onde participará, entre outros compromissos, de uma reunião da Comunidade de Estados Latinoamericanos e Caribenhos.
A chancelaria do Uruguai informou, nesta sexta-feira 6, que Lula aceitou um convite do presidente Luis Lacalle Pou. Segundo a mensagem, os Ministérios das Relações Exteriores dos dois países trabalham para construir os detalhes da agenda bilateral.
Tras aceptar la invitación del Presidente @LuisLacallePou🇺🇾, su homólogo de Brasil🇧🇷 @LulaOficial visitará Uruguay el próximo 25 de enero.
Ambos Cancilleres 🇺🇾🇧🇷 se encuentran trabajando en la agenda de este encuentro bilateral. pic.twitter.com/DbzYPHnz07
— Cancillería Uruguay 🇺🇾 (@MRREE_Uruguay) January 6, 2023
Na quinta 5, o governo Lula anunciou a reincorporação do Brasil à Celac, bloco de 33 países criado em 2010 para discutir temas como educação, desenvolvimento social, infraestrutura e cultura.
O País havia deixado o grupo em 2020, por decisão do então presidente Jair Bolsonaro (PL). À época, o ex-capitão disse que a Celac “dá palco para regimes não-democráticos”.
Lula deve participar da VII Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Celac em 24 de janeiro, em Buenos Aires, a convite do presidente Alberto Fernández.
“O retorno do Brasil à comunidade latino-americana de Estados é um passo indispensável para a recomposição do nosso patrimônio diplomático e para a plena reinserção do País ao convívio internacional“, afirmou o Itamaraty.
A decisão do novo governo brasileiro é um dos primeiros passos do projeto de reintegração do Brasil aos organismos multilaterais do continente, conforme prometido durante a campanha eleitoral.
A expectativa é de que Lula também promova a revitalização da Unasul, bloco extinto com a colaboração de Bolsonaro. Também está em debate o fortalecimento do Mercosul, com a possibilidade de ajuda para a Bolívia se integrar ao bloco e a formalização de uma moeda comum.
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