Economia
Alckmin toma posse como ministro e quer protagonismo da indústria no PIB
‘O esforço de reindustrializar o Brasil e incluir os trabalhadores na economia não são tarefas episódicas, mas obra de todo o governo’, discursou


O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), defendeu nesta quarta-feira 4 que a indústria brasileira volte a ser protagonista da economia no País. O pessebista assumiu oficialmente o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, em evento no Palácio do Planalto.
“A hora é de união e de reconstrução”, discursou Alckmin. “O esforço de reindustrializar o Brasil e incluir os trabalhadores na economia não são tarefas episódicas, mas obra de todo o governo”.
O MDIC foi recriado no governo do presidente Lula (PT) e, a principio, seria ocupado por algum empresário. Após recusas do presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, e Pedro Wongtschowski, executivo do Grupo Ultra, o petista optou pelo o seu vice.
“Depois de quatro anos de descaso, de má gestão e de desalinho com os reais problemas brasileiros, o presidente Lula determinou a recriação do MDIC como uma medida fundamental para o Brasil retomar o caminho do desenvolvimento”, afirmou o novo ministro.
De acordo com Alckmin, os maiores desafios no cargo serão fazer o setor expandir a sua participação no Produto Interno Bruno, ter iniciativas que visem preservar o meio ambiente e se aliar à justiça social.
“Brasil será o protagonista do processo de descarbonização da economia global”, disse. “A reindustrialização é essencial. Que essa retomada ocorra sob o prisma da justiça social”.
No discurso, Alckmin defendeu uma reforma tributária e a necessidade de se reduzir o chamado “Custo Brasil”.
“O setor produtivo tem sido duramente penalizado pela ausência de uma política estatal hábil e eficiente”, ressaltou. “O País precisa desenvolver estratégias adequadas, focadas nas condições que possibilitem o desenvolvimento tecnológico, bem como a inovação”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.