CartaExpressa
China deseja levar relação com o Brasil ‘a um nível mais alto’ durante o governo Lula
Xi Jinping ainda se disse disposto a trabalhar com o petista para manter um apoio ao ‘caminho de desenvolvimento’ escolhido por cada país


O presidente da China, Xi Jinping, enviou uma carta de felicitação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por sua posse. O documento, encaminhado na segunda-feira 2 ao petista, foi divulgado nesta terça 3 pela imprensa chinesa.
Na mensagem, Xi destaca que China e Brasil têm influência global e representam importantes mercados emergentes. Ele acrescentou que as relações bilaterais são cada vez mais “maduras” e “dinâmicas”.
Xi também se disse disposto a trabalhar com Lula para manter um apoio ao “caminho de desenvolvimento” escolhido por cada país, “de acordo com suas próprias condições nacionais”. Os objetivos, segundo o mandatário chinês, envolvem promover cooperação prática, fortalecer a coordenação multilateral e “liderar e impulsionar a parceria para um nível mais alto a partir de uma perspectiva estratégica e de longo prazo”.
A carta foi entregue pessoalmente a Lula pelo vice-presidente da China, Wang Qishan, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. No domingo 1º, Wang representou o país na posse do petista.
Nesta terça, durante coletiva de imprensa, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse que o governo está convencido de que, “sob a orientação estratégica do presidente Xi e do presidente Lula, a parceria estratégica abrangente China-Brasil alcançará novo crescimento, fará novos progressos, contribuirá para a paz e estabilidade regional e mundial e promoverá a prosperidade comum”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Quem são os suplentes que assumem no Congresso as vagas deixadas por ministros de Lula
Por CartaCapital
Requião não deve participar do governo Lula e vê sugestão de cargo em Itaipu como ‘humilhação’
Por CartaCapital
Lula vai estrear agenda internacional com viagem à Argentina
Por CartaCapital