Política
Lula exonera chefes da PF e da PRF de Bolsonaro e faz novas nomeações
As mudanças já constam no Diário Oficial da União e foram assinadas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT)
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou, nesta segunda-feira 2, a cúpula da Polícia Federal indicada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e nomeou para o cargo de diretor-geral da corporação o delegado Andrei Rodrigues.
Para o comando da Polícia Rodoviária Federal foi escolhido Antônio Fernando Souza Oliveira.
As mudanças já constam no Diário Oficial da União e foram assinadas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).
Além da exoneração dos diretores das corporações, outros nomes ligados à cúpula também foram desligados das polícias.
O novo comandante da PF atuou como coordenador de segurança de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Anteriormente, ele ocupou o cargo de secretário extraordinário de Grandes Eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.
Ele já escolheu alguns dos nomes que irão compor a sua nova equipe.
Ricardo Saadi, por exemplo, será o novo Diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado, órgão responsável por investigar crimes que envolvem autoridades com foro por prerrogativa de função.
Anteriormente, Saadi chefiava a Superintendência da PF no Rio de Janeiro, mas foi exonerado do cargo após suspeitas de interferência do presidente Jair Bolsonaro na corporação.
Outro nome escolhido por Andrei é o de Rodrigo Morais Fernandes, que chefiará a Diretoria de Inteligência Policial. O delegado foi o responsável pela primeira fase das investigações do atentado sofrido pelo ex-capitão durante a campanha eleitoral de 2018.
Nas nomeações ainda constam o nome de duas mulheres: a delegada Helena Rezenda Mazzocco, que ocuparam a Corregedoria-Geral e Luciana do Amaral Alonso Martins, a nova diretora de Ensino.
CartaCapital
Há 30 anos, a principal referência em jornalismo progressista no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.