Mundo
Doze mil sírios se refugiaram na Turquia
Centenas de sírios atravessaram recentemente a fronteira do país vizinho por medo de um agravamento da segurança na província de Idleb
ANCARA (AFP) – Cerca de 12 mil sírios atravessaram a fronteira para se refugiar na Turquia desde o início do movimento de contestação contra o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, em março de 2011, declarou um funcionário do Ministério turco das Relações Exteriores, que preferiu não ter o nome divulgado.
O número total de refugiados sírios na Turquia chega agora a 11.876 contra 9.000 há um mês e meio, afirmou ele à AFP.
Centenas de sírios atravessaram recentemente a fronteira com a Turquia por medo de um agravamento da segurança na província de Idleb (noroeste), explicou.
O Exército sírio enviou novos reforços nesta quinta-feira à província montanhosa, localizada perto do território turco, onde a oposição disse temer um ataque semelhante ao que permitiu a militares retomar, no dia 1° de março, o bairro rebelde de Baba Amr em Homs (centro), segundo uma ONG.
“Cerca de 800 sírios entraram na Turquia em apenas uma semana e 2.500, em um mês”, prosseguiu o funcionário turco.
Os sírios que buscaram refúgio na Turquia, desde o 15 de março de 2011, vêm, principalmente, dos campos situados em Hatay onde também estão mobilizados membros do Exército Sírio Livre, formado por desertores.
O Exército sírio iniciou o cerco a quatro cidades na província de Idleb, noroeste do país, onde aumentam os temores de uma grande ofensiva como a de Homs, informou o opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
“As forças militares tomaram as cidades de Shaghurit, Al Lakh, Hamimat e As Sahn, na província de Idleb, e iniciaram uma campanha de prisões nestas cidades e na zonas agrícolas para perseguir desertores, afirma a ONG em um comunicado.
Há vários dias, os militantes opositores temem uma eventual operação como a de Baba Amr, o bairro de Homs tomado pelo Exército em 1º de março.
“Tememos uma operação de grande envergadura como em Baba Amr e não apenas um cerco normal”, disse Rami Abdel Rahmane, diretor do OSDH.
Um número importante de tanques e soldados se concentra no distrito de Jabal al-Zawia, na província de Idleb, informou Milad Fadl, militante da Comissão Geral da Revolução Síria.
“A maioria dos desertores fora de Hama (centro do país) e de Homs está em Jabal al-Zawia”, completou Rahmane.
Alguns se uniram ao Exército Sírio Livre (ASL) e outros simplesmente fugiram, de acordo com o OSDH. Muitos moradores também abandonaram suas casas.
No campo diplomático, a China, muito criticada pelo apoio ao regime de Damasco, anunciou que enviará um novo emissário, Zhang Ming, responsável por explicar a postura chinesa sobre a Síria, a Arábia Saudita, Egito e França.
Leia mais em AFP Movel
ANCARA (AFP) – Cerca de 12 mil sírios atravessaram a fronteira para se refugiar na Turquia desde o início do movimento de contestação contra o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, em março de 2011, declarou um funcionário do Ministério turco das Relações Exteriores, que preferiu não ter o nome divulgado.
O número total de refugiados sírios na Turquia chega agora a 11.876 contra 9.000 há um mês e meio, afirmou ele à AFP.
Centenas de sírios atravessaram recentemente a fronteira com a Turquia por medo de um agravamento da segurança na província de Idleb (noroeste), explicou.
O Exército sírio enviou novos reforços nesta quinta-feira à província montanhosa, localizada perto do território turco, onde a oposição disse temer um ataque semelhante ao que permitiu a militares retomar, no dia 1° de março, o bairro rebelde de Baba Amr em Homs (centro), segundo uma ONG.
“Cerca de 800 sírios entraram na Turquia em apenas uma semana e 2.500, em um mês”, prosseguiu o funcionário turco.
Os sírios que buscaram refúgio na Turquia, desde o 15 de março de 2011, vêm, principalmente, dos campos situados em Hatay onde também estão mobilizados membros do Exército Sírio Livre, formado por desertores.
O Exército sírio iniciou o cerco a quatro cidades na província de Idleb, noroeste do país, onde aumentam os temores de uma grande ofensiva como a de Homs, informou o opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
“As forças militares tomaram as cidades de Shaghurit, Al Lakh, Hamimat e As Sahn, na província de Idleb, e iniciaram uma campanha de prisões nestas cidades e na zonas agrícolas para perseguir desertores, afirma a ONG em um comunicado.
Há vários dias, os militantes opositores temem uma eventual operação como a de Baba Amr, o bairro de Homs tomado pelo Exército em 1º de março.
“Tememos uma operação de grande envergadura como em Baba Amr e não apenas um cerco normal”, disse Rami Abdel Rahmane, diretor do OSDH.
Um número importante de tanques e soldados se concentra no distrito de Jabal al-Zawia, na província de Idleb, informou Milad Fadl, militante da Comissão Geral da Revolução Síria.
“A maioria dos desertores fora de Hama (centro do país) e de Homs está em Jabal al-Zawia”, completou Rahmane.
Alguns se uniram ao Exército Sírio Livre (ASL) e outros simplesmente fugiram, de acordo com o OSDH. Muitos moradores também abandonaram suas casas.
No campo diplomático, a China, muito criticada pelo apoio ao regime de Damasco, anunciou que enviará um novo emissário, Zhang Ming, responsável por explicar a postura chinesa sobre a Síria, a Arábia Saudita, Egito e França.
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