Política

Leilão do Porto de Santos será cancelado, diz Márcio França, futuro ministro de Portos e Aeroportos

A privatização era um dos desejos de Bolsonaro, que já havia enviado uma minuta do edital de concessão ao TCU

Leilão do Porto de Santos será cancelado, diz Márcio França, futuro ministro de Portos e Aeroportos
Leilão do Porto de Santos será cancelado, diz Márcio França, futuro ministro de Portos e Aeroportos
O novo ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França. Foto: Evaristo Sá/AFP
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Futuro ministro de Portos e Aeroportos na gestão Lula (PT), o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) afirmou nesta quinta-feira 22 que o leilão do Porto de Santos será cancelado.

França declarou que o novo governo pretende manter a estrutura da autoridade portuária que administra o maior terminal da América Latina. De acordo com o futuro ministro, os contratos de concessão já firmados serão respeitados.

“Não será feito o leilão. A autoridade portuária vai continuar estatal. O que faremos são concessões de áreas dentro do porto, de terminais privados. Onde já foi feito, a gente respeita. Agora, há situações que não foram homologadas e que vão passar pelo crivo dos técnicos do novo governo”, disse França.

A privatização do Porto de Santos era um dos desejos do presidente Jair Bolsonaro (PL), que já havia enviado uma minuta do edital de concessão ao Tribunal de Contas da União. A única privatização realizada pela gestão do ex-capitão foi a da Companhia Docas do Espírito Santo, que administrava os terminais de Vitória e Barra do Riacho.

“Nós não temos problemas de ter concessões privadas, mas precisamos ter alguns controles. Hoje há, por exemplo, algumas concessões que foram feitas e que as outorgas não foram pagas. Temos de rever isso. Nós pedimos que fosse tudo adiado para que o presidente possa opinar”, concluiu França.

Anunciado nesta quinta para assumir o comando da pasta, fruto da divisão do atual Ministério da Infraestrutura, o ex-governador ainda afirmou que o governo Lula não é contrário a concessões.

“A questão portuária e a aeroviária são estratégicas para o País. Não me parece que tenha muito sentido a gente ter como concorrente outras empresas estatais de outros países para concorrer com a gente.”

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