Mundo

Netanyahu consegue formar novo governo em Israel com ultraortodoxos e extrema-direita

O comunicado foi divulgado apenas meia hora antes do encerramento do prazo para que o premiê construísse um pacto com outros partidos

Netanyahu consegue formar novo governo em Israel com ultraortodoxos e extrema-direita
Netanyahu consegue formar novo governo em Israel com ultraortodoxos e extrema-direita
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel. Foto: Ronaldo Schemidt/AFP
Apoie Siga-nos no

O primeiro-ministro eleito de Israel, Benjamin Netanyahu, notificou o presidente, Isaac Herzog, que conseguiu formar um novo governo com aliados ultraortodoxos e da extrema-direita, anunciou a Presidência israelense nesta quarta-feira 21.

“Informo-lhe que consegui formar um governo”, destacou um comunicado do gabinete de Netanyahu, divulgado apenas meia hora antes do encerramento do prazo para que o premiê conseguisse um pacto com outros partidos.

A Presidência israelense confirmou à AFP que Netanyahu, de 73 anos, tinha “telefonado” para Herzog para lhe dar a notícia.

O Likud, partido de Netanyahu, terminou em primeiro na eleição legislativa de 1º de novembro – a quinta realizada no país em três anos e meio.

No pleito, o Likud obteve 32 assentos na Knesset (Parlamento israelense), enquanto seus aliados ultraortodoxos obtiveram 18 e a aliança Sionismo Religioso, 14, um recorde para a extrema-direita.

Após o pleito, o presidente deu a Netanyahu o mandato de formar o governo e, então, ele iniciou as discussões com seus aliados para distribuir as pastas ministeriais.

O primeiro-ministro eleito tinha até 11 de dezembro para anunciar o novo Executivo, mas pediu uma prorrogação de duas semanas, o máximo previsto pela legislação. O presidente Herzog lhe concedeu apenas um prazo adicional de dez dias.

Analistas consideram que o governo será o mais à direita da história do país, porque incluirá os dois partidos ultraortodoxos – Judaísmo Unificado da Torá (UJT) e Shass (sefardita) -, bem como os três partidos da extrema-direita: Sionismo Religioso, Força Judaica e Noam.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo