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Ahmadinejad deve enfrentar parlamento mais hostil

Com oposição fora da disputa, conservadores ligados ao aiatolá Ali Khamenei lideram resultados preliminares de pleito com alta participação popular

Ahmadinejad deve enfrentar parlamento mais hostil
Ahmadinejad deve enfrentar parlamento mais hostil
Aiatolá Ali Khamenei vota durante eleições no Irã ©AFP / -
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Após o encerramento da votação para escolher os 290 deputados do Parlamento iraniano na sexta-feira 2, resultados parciais mostram uma disputa entre os apoiadores conservadores do presidente Mahmoud Ahmadinejad e os do líder Supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.

Os candidatos do religioso lideravam a disputa neste sábado 3, vencendo em muitos distritos do país. Em um deles, a irmã mais nova de Ahmadinejad perdeu em sua própria cidade natal, Garmsar.

As apurações preliminares indicam que 112 candidatos são de partidos conservadores, 28 são apontados como da ala reformista, dez são ligados ao presidente iraniano e os 40 demais ainda estão indefinidos.

Esse cenário pode indicar um cenário mais tenso para Ahmadinejad, que ainda tem um ano e meio de governo.

A a oposição não participou do pleito e convocou um boicote, mas o governo estendeu em cinco horas o encerramento da eleição para permitir que mais pessoas votassem. Com isso, atingiu mais de 65% de participação, ou cerca de 31 milhões de votantes. Resultado dentro da margem tradicional, entre 50% e 70%, mas superior ao pleito de 2008, com 55,4%.

Os 48 milhões de eleitores convocados votaram em 3,4 mil candidatos, na primeira eleição de nível nacional desde a reeleição de Ahmadinejad em 2009, marcada por protestos da oposição contra fraude e por uma sangrenta repressão do regime.

Os principais dirigentes e a imprensa oficial convocaram uma participação em massa, apresentada como uma resposta às ameaças militares israelenses e aos esforços dos ocidentais para estrangular o Irã com sanções econômicas e financeiras.

Indo votar, a população “dará uma bofetada nas potências hegemônicas” e “mostrará sua determinação de resistir ao inimigo”, afirmou Khamenei.

Irã, cujo programa nuclear foi condenado por seis resoluções das Nações Unidas, está submetido há dois anos a um embargo comercial, financeiro e agora petroleiro que já começa a abalar sua economia.

A campanha oficial ignorou em geral as questões econômicas e sociais do país, apesar de uma inflação superior a 20% e do desemprego estimado em 12%.

A votação foi realizada em cerca de 47 mil urnas instaladas no país e os resultados serão divulgados em dois ou três dias, segundo o ministério do Interior.

Muitos eleitores, de todas as idades, a maioria favorável aos conservadores, afirmaram votar por dever e com a esperança de que o novo Parlamento resolva os problemas econômicos, prioritários para todos.

Os dois principais protagonistas desta disputa são a “Frente Unida dos Conservadores”, ligada ao atual presidente do Parlamento, Alí Larijani, crítico do presidente Ahmadinejad, e a Frente da Persistência da Revolução Islâmica, uma associação heterogênea conservadora que defende o presidente e denuncia a cordura política de seus adversários.

Com informações Agência Brasil e AFP.

Leia mais em AFP Movel.

Após o encerramento da votação para escolher os 290 deputados do Parlamento iraniano na sexta-feira 2, resultados parciais mostram uma disputa entre os apoiadores conservadores do presidente Mahmoud Ahmadinejad e os do líder Supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.

Os candidatos do religioso lideravam a disputa neste sábado 3, vencendo em muitos distritos do país. Em um deles, a irmã mais nova de Ahmadinejad perdeu em sua própria cidade natal, Garmsar.

As apurações preliminares indicam que 112 candidatos são de partidos conservadores, 28 são apontados como da ala reformista, dez são ligados ao presidente iraniano e os 40 demais ainda estão indefinidos.

Esse cenário pode indicar um cenário mais tenso para Ahmadinejad, que ainda tem um ano e meio de governo.

A a oposição não participou do pleito e convocou um boicote, mas o governo estendeu em cinco horas o encerramento da eleição para permitir que mais pessoas votassem. Com isso, atingiu mais de 65% de participação, ou cerca de 31 milhões de votantes. Resultado dentro da margem tradicional, entre 50% e 70%, mas superior ao pleito de 2008, com 55,4%.

Os 48 milhões de eleitores convocados votaram em 3,4 mil candidatos, na primeira eleição de nível nacional desde a reeleição de Ahmadinejad em 2009, marcada por protestos da oposição contra fraude e por uma sangrenta repressão do regime.

Os principais dirigentes e a imprensa oficial convocaram uma participação em massa, apresentada como uma resposta às ameaças militares israelenses e aos esforços dos ocidentais para estrangular o Irã com sanções econômicas e financeiras.

Indo votar, a população “dará uma bofetada nas potências hegemônicas” e “mostrará sua determinação de resistir ao inimigo”, afirmou Khamenei.

Irã, cujo programa nuclear foi condenado por seis resoluções das Nações Unidas, está submetido há dois anos a um embargo comercial, financeiro e agora petroleiro que já começa a abalar sua economia.

A campanha oficial ignorou em geral as questões econômicas e sociais do país, apesar de uma inflação superior a 20% e do desemprego estimado em 12%.

A votação foi realizada em cerca de 47 mil urnas instaladas no país e os resultados serão divulgados em dois ou três dias, segundo o ministério do Interior.

Muitos eleitores, de todas as idades, a maioria favorável aos conservadores, afirmaram votar por dever e com a esperança de que o novo Parlamento resolva os problemas econômicos, prioritários para todos.

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