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Justiça condena Paulo Galo por incêndio em estátua de Borba Gato, em São Paulo

A pena em regime aberto foi substituída por prestação de serviços comunitários

Justiça condena Paulo Galo por incêndio em estátua de Borba Gato, em São Paulo
Justiça condena Paulo Galo por incêndio em estátua de Borba Gato, em São Paulo
Incêndio em estátua de Borba Gato em São Paulo resultou na prisão de entregador de aplicativos. Foto: Reprodução
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O juiz Eduardo Pereira Santos Júnior, da 5 Vara Criminal Central da Justiça de São Paulo, condenou Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Galo, por incendiar a estátua de Borba Gato, bandeirante paulista que escravizou negros e indígenas.

A Justiça fixou uma pena de três anos de reclusão em regime aberto, mas a substituiu por prestação de serviços comunitários. Cabe recurso.

Na sentença, assinada na última sexta-feira 16, o magistrado argumentou que “a conduta efetivamente colocou em risco não só o patrimônio alheio, mas a vida das pessoas que se encontravam na região”. O caso ocorreu em Santo Amaro, na zona sul da capital paulista.

Dois homens que também eram acusados foram absolvidos. Um deles, segundo a decisão, foi contratado para transportar pneus, sem conhecimento dos planos de provocar um incêndio, enquanto o outro acreditava que participaria apenas de um protesto.

Galo confessou ter ateado fogo na estátua para abrir um debate público. Nas redes sociais, ele compartilhou cenas do ato e afirmou em diversas ocasiões que continua a confiar na luta pela retirada da estátua. 

“Eu continuo sem arrependimentos e acreditando que seremos uma sociedade melhor no futuro! O Ministério Público acerta em absolver Biu e Thiago! Paz a luta continua”, escreveu, no fim de novembro, ao comentar uma manifestação do Ministério Público de São Paulo que defendia sua condenação e a absolvição dos dois outros homens acusados.

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