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Casa de repouso do RS é acusada de coagir paciente idoso a votar em Bolsonaro
A família do paciente afirma que não foi informada de seu transporte às urnas. O Tribunal Regional Eleitoral confirmou o voto do idoso
Um idoso com doença neurodegenerativa e morador de uma casa geriátrica em Novo Hamburgo (RS) teria sido levado para votar pelos funcionários da instituição, à revelia da família, e com orientações de voto em Jair Bolsonaro (PL). As informações são do site Matinal.
O paciente enviou um áudio à reportagem e afirma ter concordado em comparecer à seção eleitoral após uma insistência da técnica em Enfermagem Sandra Ferraz de Oliveira, gerente do Lar Bem Viver. O Tribunal Regional Eleitoral confirmou o voto do idoso.
Há informações de que a dona da casa de repouso, Josiane Ludvig, também teria feito pressão sobre os pacientes, afirmando que o lar fecharia em caso de vitória de Lula (PT).
Em uma publicação do dia 3 de novembro em suas redes sociais, Josiane repete muitas fakenews sobre as pautas políticas de Lula e do PT, como a de que meninos e meninas teriam que usar o mesmo banheiro, o que não é verdade.
A filha do idoso comentou o caso à reportagem: “É um crime o que elas (em referência a Sandra e a proprietária Josiane Ludvig) fizeram. Ele estava numa situação totalmente dependente delas”, disse um familiar. “A família não foi informada que ele saiu do lar para votar. E se acontecesse algo no percurso?”.
O caso foi denunciado pela família ao Ministério Público de Novo Hamburgo, que pediu mais informações. O caso pode ser enquadrado como crime de coação eleitoral, previsto no artigo 301 do Código Eleitoral.
À reportagem, a dona do estabelecimento negou a acusação. “Como nós que estamos em funcionamento há 10 anos faríamos isso? Somos imparciais”, questionou Josiane. “Isso é absurdo, ridículo”, completou.
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