Política

Número de famílias despejadas cresce 453% desde o início da pandemia

Campanha Despejo Zero pediu ao STF a extensão do prazo de suspensão dos despejos

Número de famílias despejadas cresce 453% desde o início da pandemia
Número de famílias despejadas cresce 453% desde o início da pandemia
moradora da ocupação Beira da Mata, em Aparecida de Goiânia. Foto: Campanha Despejo Zero
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A Campanha Despejo Zero identificou 188.621 famílias ameaçadas de remoção e 35.285 famílias despejadas entre março de 2020 até setembro de 2022, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira 27.

De acordo com o estudo, houve um crescimento de 901% no índice de ameaças em relação ao início da pandemia, quando eram 18.840 famílias nessa condição. Já a quantidade de famílias despejadas subiu 453% em comparação com março de 2020, quando 6.373 famílias tinham sido desalojadas.

O estado de São Paulo é o campeão no número de famílias ameaçadas e despejadas: são 56.923 sob o risco de perder a moradia e 6.845 já removidas.

No campo das ameaças, também aparecem na dianteira Amazonas (28.159), Pernambuco (20.163), Distrito Federal (16.324) e Paraíba (10.564). Já os estados com mais famílias despejadas são Rio de Janeiro (5.951), Amazonas (4.279), Paraná (1.712) e Goiás (1.683).

A Campanha afirma que houve desrespeito a medidas judiciais, leis e pactos internacionais, como à decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, a determinar a suspensão das remoções forçadas.

O movimento cobra que o STF estenda novamente o prazo da suspensão. A última vez que Barroso alongou o prazo foi em junho deste ano, com limite até a próxima segunda-feira 31.

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