Política

Grupo Prerrogativas pede que STF apure declarações de Damares sobre estupro de crianças

Advogados pedem que ex-ministra seja intimada para provar o que disse em vídeo que viralizou nas redes sociais

Grupo Prerrogativas pede que STF apure declarações de Damares sobre estupro de crianças
Grupo Prerrogativas pede que STF apure declarações de Damares sobre estupro de crianças
Damares Alves, a ministra do “menino veste azul, menina veste rosa”, virou senadora pelo Distrito Federal. Moro apunhalou seu padrinho, Álvaro Dias, Magno Malta renasce das cinzas e o astronauta Pontes prova que o eleitor paulista vive no mundo da Lua - Imagem: Roque de Sá/Ag.Senado, Marcelo Camargo/ABR e Redes sociais
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O grupo Prerrogativas foi ao Ministério Público Federal e ao Supremo Tribunal Federal solicitar que a recém-eleita para o Senado Damares Alves (Republicanos) seja investigada por declarações sobre estupro de menores.  

Em discurso em templo evangélico no fim de semana, a ex-ministra afirmou que crianças foram traficadas da Ilha de Marajó (PA) e tiveram os dentes arrancados para “não morderem na hora do sexo oral”. 

“Nós descobrimos que essas crianças comem comida pastosa para o intestino ficar livre para a hora do sexo anal. Bolsonaro disse: ‘Nós vamos atrás de todas elas’. E o inferno se levantou contra esse homem”, disse Damares. O vídeo com a declaração viralizou nas redes sociais na segunda-feira 10, após ser publicado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL). 

A bolsonarista ainda afirmou que o número de estupros de recém-nascidos teria crescido nos últimos anos e que seu Ministério tem “imagens de crianças de oito anos” sendo vítimas do crime. 

Os advogados integrantes do grupo defendem que, se os fatos narrados são verdadeiros, Damares e Bolsonaro sejam convocados para explicar quais medidas foram tomadas. 

Em caso de omissão do governo, o grupo pede que a ex-ministra e o ex-capitão sejam investigados por prevaricação. 

Os advogados também apontam que as declarações da ex-ministra podem ser inverídicas, usadas de forma política para “alimentar discurso de ódio e tumultuar o processo eleitoral”. Neste caso, pedem que ela seja intimada para apresentar “provas do que alegou”. 

O vídeo tem sido divulgado como material de campanha eleitoral contra o ex-presidente Lula nas redes sociais dos filhos de Bolsonaro, que tentam mostrar uma ligação entre o alegado pela ex-ministra e “resquícios de PT pelo Brasil”.

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