Política
Lula promete ampliar diálogo com adversários no 2º turno: ‘O Lulinha paz e amor está pronto’
O petista se mostrou disposto a conversar com todas as forças políticas e adversários, ‘sem conotação ideológica’ para ampliar sua base de apoio


Após uma reunião da coordenação de sua campanha para definir os novos rumos de sua campanha, o ex-presidente Lula reforçou, nesta segunda-feira 3, o interesse em ampliação o diálogo com não-aliados.
“Agora a escolha não é ideológica. Não vou conversar só com esse fulano porque sei que ele gosta de mim. Vamos conversar com todas as forças políticas que tenham voto, representatividade, significância política nesse país”, garantiu.
Lula também deu como exemplo o caso de São Paulo, onde além de garantir a eleição nacional, o partido disputa o governo do estado com a figura de Fernando Haddad (PT) que vai ao segundo turno contra Tarcísio de Freitas (Republicanos), apoiado por Jair Bolsonaro (PL).
“Se for necessário conversar com os adversários do Haddad aqui em São Paulo, não se preocupem, eu converso também, com o Rodrigo [em menção ao candidato Rodrigo Garcia (PSDB)] e outros candidatos. O Lulinha paz e amor estará pronto pra conversar com todo mundo”, disse.
“Nós temos estados em que temos dois candidatos possivelmente nos apoiando, nesses vamos ter que tomar cuidado, porque a gente não vai se meter em lugar que não deve”, garantiu.
O petista também disse que a campanha fará menos conversas internas e irá mais a campo nesta nova fase de campanha. “Vamos voltar a percorrer todos os estado que tem segundo turno, e os que não tem, vamos alargar nossa vantagem no Nordeste, em Minas Gerais, vou visitar regiões de Minas que deveria ter visitado e não deu para visitar”.
Confiante, Lula chamou a atenção para o fato de sua campanha ter terminado o primeiro turno em primeiro lugar. “Pela primeira vez alguém que tem o cargo de presidente perde no primeiro turno”.
Também defendeu a retomada de debates acerca de pautas caras ao partido e ao eleitorado lulista, como a questão climática, os direitos trabalhistas, o fortalecimento do SUS, a participação das mulheres e dos movimentos negros, e a continuidade de benefícios sociais.
“Eu acredito que as coisas serão mais organizadas e a sociedade vai aprender com muita rapidez a diferença entre a nossa candidatura que defende a verdade, a democracia, um estado de bem estar social, a participação efetiva da mulher, dos negros, na politica. E de outro lado um candidato que não gosta de democracia, cultura, que não gosta de livros, que prefere falar em armas, uma pessoa que não tem compaixão da fome de 31 milhões de pessoas nesse País.”
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Roberto Freire, do Cidadania, pede apoio do partido a Lula no segundo turno
Por CartaCapital
Sem surpresas, Deltan Dallagnol anuncia apoio a Bolsonaro contra Lula
Por CartaCapital
‘Minha posição é Lula’, diz Tasso Jereissati ao declarar apoio ao ex-presidente
Por CartaCapital
Campanha de Lula precisa fazer movimento em São Paulo, diz Márcio França
Por Victor Ohana