Economia
Mantido o ritmo dos investimentos
Há boas perspectivas no ano que vem para a reversão da economia
O quadro internacional rarefeito e a queda da atividade interna este ano não alteraram substancialmente o panorama dos investimentos para os próximos anos.
É o que se depreende do acompanhamento periódico realizados pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) através do Departamento de Acompanhamento de Pesquisa Econômica.
Segundo o chefe do Departamento, Marcelo Nascimento, os dados do IED (Investimento Externo Direto) mostram posição bastante sólida para diversos setores, principalmente de infraestrutura e de serviços.
A parte negativa ocorreu com o fluxo de curto prazo. Por conta da situação internacional, no final do ano passado houve pequena ruptura de algumas linhas de crédito, sobretudo da Europa.
Essa ruptura afetou a condição de financiamento de algumas empresas, que tinham perspectivas de emissões externas. O caminho foi postergar por algum tempo os investimentos, esticando o prazo.
No início do ano, depois de um conjunto de operações do Banco Central, houve melhora das condições das linhas externas, sobretudo dos financiamentos da Europa. Petrobras e outras empresas aproveitaram a ampliação da liquidez suprindo-se de caixa para os investimentos ao longo do primeiro trimestre. Com isso houve relativa melhora em relação ao final do ano passado.
***
Com relação ao IED, o levantamento do BNDES constatou alguns setores da indústria passando por revisão dos investimentos, principalmente devido à concorrência com produtos asiáticos e perspectivas de crescimento menos das exportações e do mercado doméstico.
Setores com mais dificuldade de competição, como o de siderurgia e mineração, manterão os mesmos níveis dos anos anteriores – considerados bons pelo banco
Setores mais ligados ao mercado interno, como o automobilístico, parte dos eletroeletrônicos e logística são os destaques da pesquisa, com melhores perspectivas de investimento.
***
Na logística, o destaque maior é para investimentos aeroportuários associados à Copa do Mundo e Olimpíadas, mas não exclusivamente. Em relação ao período 2007/2011, os próximos cinco anos terão investimentos cinco vezes maiores.
As perspectivas são melhores para investimentos de infraestrutura associados ao setor privado – menos dependente da burocracia pública.
No caso do saneamento, há perspectivas substanciais de crescimento. Os entraves principais foram resolvidos parcial ou completamente, seja na definição das responsabilidades (União, estados e municípios), projetos melhore elaborados e licenciamento ambiental concluído.
De 2007 a 2010, a preços de 2011, os investimentos foram de R$ 32 bilhões. No período 2012/2015 estima-se que chegará a R$ 43 bi, 33,5% maior.
No caso das ferrovias, incluindo o TAV (o trem-bala), os investimentos chegarão a R$ 45 bi, contra R$ 24 bi do período 2007/2010.
No caso dos portos, o salto será de R$ 8 bi para R$ 19 bi,
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Tais dados reforçam a impressão de que há boas perspectivas no ano que vem para a reversão da economia.
O quadro internacional rarefeito e a queda da atividade interna este ano não alteraram substancialmente o panorama dos investimentos para os próximos anos.
É o que se depreende do acompanhamento periódico realizados pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) através do Departamento de Acompanhamento de Pesquisa Econômica.
Segundo o chefe do Departamento, Marcelo Nascimento, os dados do IED (Investimento Externo Direto) mostram posição bastante sólida para diversos setores, principalmente de infraestrutura e de serviços.
A parte negativa ocorreu com o fluxo de curto prazo. Por conta da situação internacional, no final do ano passado houve pequena ruptura de algumas linhas de crédito, sobretudo da Europa.
Essa ruptura afetou a condição de financiamento de algumas empresas, que tinham perspectivas de emissões externas. O caminho foi postergar por algum tempo os investimentos, esticando o prazo.
No início do ano, depois de um conjunto de operações do Banco Central, houve melhora das condições das linhas externas, sobretudo dos financiamentos da Europa. Petrobras e outras empresas aproveitaram a ampliação da liquidez suprindo-se de caixa para os investimentos ao longo do primeiro trimestre. Com isso houve relativa melhora em relação ao final do ano passado.
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Com relação ao IED, o levantamento do BNDES constatou alguns setores da indústria passando por revisão dos investimentos, principalmente devido à concorrência com produtos asiáticos e perspectivas de crescimento menos das exportações e do mercado doméstico.
Setores com mais dificuldade de competição, como o de siderurgia e mineração, manterão os mesmos níveis dos anos anteriores – considerados bons pelo banco
Setores mais ligados ao mercado interno, como o automobilístico, parte dos eletroeletrônicos e logística são os destaques da pesquisa, com melhores perspectivas de investimento.
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Na logística, o destaque maior é para investimentos aeroportuários associados à Copa do Mundo e Olimpíadas, mas não exclusivamente. Em relação ao período 2007/2011, os próximos cinco anos terão investimentos cinco vezes maiores.
As perspectivas são melhores para investimentos de infraestrutura associados ao setor privado – menos dependente da burocracia pública.
No caso do saneamento, há perspectivas substanciais de crescimento. Os entraves principais foram resolvidos parcial ou completamente, seja na definição das responsabilidades (União, estados e municípios), projetos melhore elaborados e licenciamento ambiental concluído.
De 2007 a 2010, a preços de 2011, os investimentos foram de R$ 32 bilhões. No período 2012/2015 estima-se que chegará a R$ 43 bi, 33,5% maior.
No caso das ferrovias, incluindo o TAV (o trem-bala), os investimentos chegarão a R$ 45 bi, contra R$ 24 bi do período 2007/2010.
No caso dos portos, o salto será de R$ 8 bi para R$ 19 bi,
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Tais dados reforçam a impressão de que há boas perspectivas no ano que vem para a reversão da economia.
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