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Ministério Público Militar denuncia ex-sargento da FAB por tráfico internacional de drogas

Manoel Silva Rodrigues encontra-se preso na Espanha desde 2019, quando foi flagrado com 37 quilos de cocaína pura em um avião da comitiva presidencial

Ministério Público Militar denuncia ex-sargento da FAB por tráfico internacional de drogas
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Créditos: Reprodução
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O Ministério Público Militar denunciou o ex-sargento da Força Aérea Brasileira, Manoel Silva Rodrigues, por tráfico internacional de drogas, associação ao tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. A denúncia também recai sobre dois sargentos da Aeronáutica, e quatro civis.

O caso trata de um suposto esquema de transporte de drogas em voos da FAB. Em 2019, Rodrigues foi preso após ser flagrado com 37 quilos de cocaína pura em um avião da comitiva presidencial. O ex-sargento foi condenado pela justiça brasileira e pela justiça espanhola, e encontra-se preso no país europeu desde então. Caso a nova denúncia seja aceita, ele vai responder pelos crimes também no âmbito militar, que tem normas próprias.

Uma das denunciadas pelo MPM é a esposa do ex-sargento que, segundo as investigações, tinha conhecimento das atividades ilícitas. Ainda de acordo com o Ministério, outro civil, com histórico de envolvimento com o tráfico internacional de drogas, era responsável pela entrega dos entorpecentes transportados pelo ex-sargento.

O terceiro civil denunciado é citado em investigações da Polícia Civil do Distrito Federal como “Barão do Ecstasy”. O homem já havia sido denunciado por tráfico internacional de drogas, mas foi absolvido. Já o quarto civil suspeito de envolvimento no esquema já foi preso e condenado por envio de cocaína a Amsterdã, na Holanda, e compra de ecstasy para distribuição na capital holandesa.

Segundo os procuradores, os civis denunciados tinham uma relação antiga e viram o uso das aeronaves militares como uma oportunidade de transporte mais seguro das drogas, já que comitivas oficiais de autoridades públicas recebem deferências de Estados estrangeiros. Eles seriam ainda os fornecedores das drogas.

Além da denúncia, o MPM pediu à Justiça o sequestro de bens do casal: um veículo, uma motocicleta e um imóvel em Taguatinga.

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