Sustentabilidade

Extração ilegal de madeira em territórios indígenas aumentou 11 vezes no Pará

Estudo aponta que a atividade ilegal atingiu 1720 hectares entre 2019 e 2021

Extração ilegal de madeira em territórios indígenas aumentou 11 vezes no Pará
Extração ilegal de madeira em territórios indígenas aumentou 11 vezes no Pará
Foto: Divulgação/Exército Brasileiro
Apoie Siga-nos no

Um levantamento divulgado nesta quarta-feira 21 mostra que a área de extração ilegal de madeira em territórios indígenas no Pará cresceu 11 vezes em um ano. O estudo foi feito pela Rede Simex, formada por quatro instituições ambientais: o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia, o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola  e o Instituto Centro de Vida.

A atividade ilegal, de acordo com a pesquisa, aumentou de 158 hectares em agosto de 2019 para 1720 hectares em julho de 2021, um crescimento de quase 1000%.  

A extração ilegal de madeira já atingiu territórios de pelo menos cinco comunidades. O maior impacto foi na Terra Indígena Amanayé, ainda não homologada. Entre agosto de 2020 e julho do ano passado, 1255 hectares foram explorados, representando 73% da área demarcada. 

Em áreas de conservação, o levantamento mostrou que quase 130 hectares sofreram extração ilegal de madeira. 

“O aumento da exploração de madeira dentro das terras indígenas e o registro nas unidades de conservação é extremamente preocupante, pois indica que esses territórios – que por lei devem ser protegidos com prioridade – não estão recebendo a atenção necessária para barrar novas invasões”, disse o pesquisador do Imazon Dalton Cardoso ao G1. Além da atividade ilegal, a extração autorizada, que somava 22.544 hectares no estudo anterior, aumentou 49% entre agosto de 2020 e julho de 2021.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo