Política
Candidaturas religiosas aumentam 29% em 2022
Entre 2018 e agora, o crescimento de candidatos evangélicos foi de 32,2%


O número de candidaturas religiosas subiu 29,1% em comparação com o pleito de 2018. Naquele ano foram registrados 457 candidatos ligados a diferentes religiões.
Para 2022, são 590 postulantes a cargos no Executivo e Legislativo, segundo levantamento feito pelo Poder360 a partir de dados do Tribunal Superior Eleitoral.
Os candidatos que usam nomes ligados a religiões se espalham por 26 siglas. O PTB lidera o ranking, com 50 postulares, seguido pelo Republicanos, com 48 religiosos registrados.
Entre os candidatos, 546 usam denominações ligados a religião evangélica, como pastor, bispo, missionário e reverendo.
Outros 27 se identificam com nomes ligados à religiões de matrizes africanas, como mãe de santo e nomes de orixás.
O aumento no número de candidatos religiosos foi impulsionado pelos postulantes que usam denominações evangélicas. O grupo registrou um aumento de 32,3% de postulantes, passando de 413 para 546 em comparação com as eleições de 2018.
Já os candidatos com denominações católicas apresentaram queda em 2022. De 22 nomes em 2018, para 17 agora.
Os votos dos eleitores evangélicos foi decisivo para a eleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), no entanto, segundo pesquisas de intenção de voto, o ex-capitão perdeu terreno entre o grupo.
Apesar disso, Bolsonaro ainda tem 52% das intenções de voto entre os evangélicos, contra 33% do grupo que apoia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O petista segue na preferência entre o eleitorado católico, registrando 45 pontos percentuais no grupo, contra 33% de Bolsonaro, conforme último levantamento da pesquisa PoderData.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Datafolha: Lula reduz vantagem de Bolsonaro entre eleitores evangélicos
Por CartaCapital
Marina defende Lula e rebate fake news lançadas para minar o apoio ao petista entre evangélicos
Por CartaCapital