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Dilma: ‘Bolsonaro não tem a menor moral para falar de corrupção contra ninguém’
No RS, a ex-presidenta mencionou orçamento secreto, suspeitas sobre compra de vacinas e escândalo no MEC


A ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) confrontou nesta sexta-feira 16 o governo de Jair Bolsonaro (PL) sobre a prática de corrupção. Nos últimos dias, a campanha do presidente tem reforçado as tentativas de ampliar a rejeição de Lula (PT) com base em ataques.
Durante ato em Porto Alegre (RS) ao lado de Lula, Dilma afirmou que Bolsonaro “vê que está perdendo a eleição e começa a distribuir acusações”.
“Ele é uma pessoa que não tem a menor moral para falar de corrupção contra ninguém, porque o governo dele é um dos mais corruptos. Faz uma coisa chamada orçamento secreto, um orçamento que está na mão de alguns poucos parlamentares que distribuem o dinheiro do jeito que querem”, afirmou a petista. “Não é um governo que pode falar em transparência, não pode falar em exercício efetivo das necessidades do povo brasileiro. Até porque condenou 33 milhões de pessoas à fome.”
Dilma declarou que “durante a pandemia houve corrupção nas vacinas” e o governo Bolsonaro “atrasou a compra de imunizantes“. Mirou ainda a recorrente prática na gestão do ex-capitão de decretar sigilo sobre assuntos incômodos e o escândalo no Ministério da Educação que chegou a levar à prisão o ex-ministro Milton Ribeiro.
A ex-presidenta também se referiu ao governo como “defensor da violência, que estimula a compra de armamentos de forma absolutamente indiscriminada e que dissemina o ódio”.
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