Educação
Professores de SP recebem mensagens de campanha de ex-secretário com pedido de voto
Diversas denúncias sobre a propaganda de Rossieli Soares chegaram ao Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do estado,
“Vote Rossieli (…) Ministro da Educação e secretário em São Paulo. Experiência de quem faz”: esta e outras mensagens com pedidos de voto no candidato a deputado federal e ex-secretário da Educação de São Paulo Rossieli Soares (PSDB) chegaram nos celulares de professores da rede estadual paulista nos últimos dias. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.
O envio de SMS ocorreu para números particulares e de trabalho de docentes das diretorias de ensino de Guarulhos, Mogi das Cruzes, Mogi Mirim, Ribeirão Preto, Suzano, Carapicuíba, Bauru, Votorantim e da capital, de acordo com o veículo.
Por envolver um número expressivo de destinatários, a prática sugere disparo em massa de propaganda, o que é vedado pela legislação eleitoral.
No corpo das mensagens também há um convite via link para acesso a um grupo de WhatsApp que defende a candidatura do ex-secretário.
Denúncias sobre a propaganda chegaram ao Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do estado, cujo presidente, Chico Poli, confirmou ao jornal a reincidência da conduta.
“Isso está acontecendo em todas as 91 DREs. Já tínhamos conhecimento dessa prática, mas ela tem se intensificado agora na reta final da campanha. O cadastro oficial da secretaria deve ter sido acessado pelo candidato, só pode ser.”
Ainda em 2021, enquanto Rossieli trabalhava na secretaria, houve uma distribuição de chips e aparelhos eletrônicos a professores e alunos, devido ao ensino remoto durante a pandemia da Covid-19.
O ex-secretário também foi acusado de abuso de poder político em uma ação encaminhada ao Ministério Público Eleitoral, conforme reportado por CartaCapital.
Sobre o disparo das mensagens em massa, a campanha respondeu não ter conhecimento e alegou que o contato direto com os apoiadores ocorre por meio de um grupo no WhatsApp.
A Secretaria de Educação também afirmou não haver irregularidades em sua base de dados.
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