Economia

Indústria manufatureira diminuiu PIB brasileiro

Em evento sobre pequenas empresas, Delfim Netto diz que microempresários precisam de crédito

Indústria manufatureira diminuiu PIB brasileiro
Indústria manufatureira diminuiu PIB brasileiro
Delfim Netto atribuiu o crescimento pequeno do PIB em 2011 ao fraco desempenho da indústria de manufatura. Foto: Luludi/LUZ
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O ex-ministro da Fazenda Delfim Netto disse na tarde desta quarta-feira 18, em um seminário do Sebrae sobre pequenos negócios, em São Paulo, que o crescimento de 2,7% do PIB brasileiro em 2011, ante aos 7,5% alcançados no ano anterior, deveu-se ao “fracasso da indústria manufatureira”, que avançou apenas 0,1% contra a média recente acima de 3%.

“Desde 2008, o setor vem sendo destruído e a queda aumentou o processo de competição externa com países onde o câmbio é desvalorido, prejudicando o processo produtivo.”

A um pequeno grupo de jornalistas o ex-ministro disse acreditar no crescimento do PIB brasileiro em 4% para 2012, mas ressaltou a importância de fornecer crédito acessível às pequenas empresas, fundamentais para a economia do País por gerarem empregos e inovações  tecnológicas.

O comentário está relacionado aos anúncios de Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal sobre cortes nas taxas de juros para o crédito pessoal, cedendo a pressões do governo federal que espera forçar instituições privadas a seguirem o mesmo caminho – Bradesco, Itaú e HSBC seguiram o mesmo caminho.

Outra iniciativa do BB, segundo Delfim Netto, também pode impulsionar os interessados em micronegócios: a operação do banco nas agência dos Correios abrirá espaço para pequenos empréstimos. “Vai estimular a compra de pequenos equipamentos e atividade individual. É um mecanismo para criar novos empresários, ainda que minúsculos, mas é assim que funciona o mundo.”

Ao mencionar a recente crise econômica mundial no seminário, o ex-ministro defendeu um Estado regulador dos mercados para evitar turbulências como a de 2008. “É uma cópia de 1929. O banqueiro solto volta à cena do crime”, brincou.

No cenário mundial, Delfim criticou as políticas brasileiras para a exportação, exemplificando que no início dos anos 80, Brasil, China e Coreia do Sul eram responsáveis por cerca de 1,2% das exportações globais cada um. Em 2010, o Brasil alcançou 1,4%, enquanto os sul-coreanos detiveram 3% e a China 10,4% deste mercado. “Há muitas ações contra a exportação e temos instrumentos para adotar medidas corretas.”

O ex-ministro ainda apostou em um corte de 0,75 pontos na Selic, hoje em 9,75% ao ano. Mas defendeu a necessidade de redução dos rendimentos da caderneta de poupança para conseguir levar os juros a cerca de 6% ao ano. “A poupança é o impecilho para este cenário. É possível manter a atual taxa de retorno deste investimento e cortar a selic, mas teríamos que fechar tudo e deixar os outros investimentos migrarem para a poupança.”

O ex-ministro da Fazenda Delfim Netto disse na tarde desta quarta-feira 18, em um seminário do Sebrae sobre pequenos negócios, em São Paulo, que o crescimento de 2,7% do PIB brasileiro em 2011, ante aos 7,5% alcançados no ano anterior, deveu-se ao “fracasso da indústria manufatureira”, que avançou apenas 0,1% contra a média recente acima de 3%.

“Desde 2008, o setor vem sendo destruído e a queda aumentou o processo de competição externa com países onde o câmbio é desvalorido, prejudicando o processo produtivo.”

A um pequeno grupo de jornalistas o ex-ministro disse acreditar no crescimento do PIB brasileiro em 4% para 2012, mas ressaltou a importância de fornecer crédito acessível às pequenas empresas, fundamentais para a economia do País por gerarem empregos e inovações  tecnológicas.

O comentário está relacionado aos anúncios de Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal sobre cortes nas taxas de juros para o crédito pessoal, cedendo a pressões do governo federal que espera forçar instituições privadas a seguirem o mesmo caminho – Bradesco, Itaú e HSBC seguiram o mesmo caminho.

Outra iniciativa do BB, segundo Delfim Netto, também pode impulsionar os interessados em micronegócios: a operação do banco nas agência dos Correios abrirá espaço para pequenos empréstimos. “Vai estimular a compra de pequenos equipamentos e atividade individual. É um mecanismo para criar novos empresários, ainda que minúsculos, mas é assim que funciona o mundo.”

Ao mencionar a recente crise econômica mundial no seminário, o ex-ministro defendeu um Estado regulador dos mercados para evitar turbulências como a de 2008. “É uma cópia de 1929. O banqueiro solto volta à cena do crime”, brincou.

No cenário mundial, Delfim criticou as políticas brasileiras para a exportação, exemplificando que no início dos anos 80, Brasil, China e Coreia do Sul eram responsáveis por cerca de 1,2% das exportações globais cada um. Em 2010, o Brasil alcançou 1,4%, enquanto os sul-coreanos detiveram 3% e a China 10,4% deste mercado. “Há muitas ações contra a exportação e temos instrumentos para adotar medidas corretas.”

O ex-ministro ainda apostou em um corte de 0,75 pontos na Selic, hoje em 9,75% ao ano. Mas defendeu a necessidade de redução dos rendimentos da caderneta de poupança para conseguir levar os juros a cerca de 6% ao ano. “A poupança é o impecilho para este cenário. É possível manter a atual taxa de retorno deste investimento e cortar a selic, mas teríamos que fechar tudo e deixar os outros investimentos migrarem para a poupança.”

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