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Conglomerado verde

A Ambipar capta 1 bilhão de reais para financiar novas aquisições de negócios sustentáveis

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Imagem: iStockphoto
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O 1 bilhão de reais em debêntures sustentáveis emitidos pela Ambipar deverá financiar novas aquisições de empresas na área de gestão de resíduos, setor no qual a companhia é pioneira no País. “Ela está buscando consolidar sua atuação nesse ambiente relativamente novo, aqui, no Brasil”, diz Enrico Cozzolino, head de análise e sócio da Levante Investimentos. Os papéis vencem em seis anos e pagam CDI + 2,85% ao ano, com três amortizações anuais a partir do quarto ano. Em entrevista à publicação especializada Brazil Journal, o diretor financeiro da Ambipar, Thiago Silva, disse que a empresa busca ganhar flexibilidade. “Mas continuamos sempre atentos a oportunidades de crescimento e fazer aquisições faz parte do nosso negócio. Nosso pipeline está sempre cheio”. A operação, acrescentou, “atraiu fundos que procuram investir em títulos com esses compromissos sustentáveis”. Assim, um possível uso dos recursos seria quitar uma debênture de 900 milhões de reais da subsidiária ESG, que levantou os recursos em junho de 2021 para comprar a chilena Disal. Para Cozzolino, “o foco dessa dívida é comprar ainda mais empresas relacionadas a serviços ambientais e, eventualmente, gerar energia a partir de resíduos”.

Imagem: Isper


A MERCEDES TERCEIRIZA

Imagem: Rovena Rosa/ABR

A Mercedes-Benz anunciou a demissão de 3,6 mil trabalhadores da fábrica de caminhões e chassis de ônibus em São Bernardo do Campo e a terceirização de parte da operação. Atribuiu a medida à pressão de custo e à transformação da indústria automobilística, fatores que exigem maior foco no core business – a fabricação de chassis de ônibus, caminhões e o desenvolvimento de tecnologias e serviços para o futuro. Produção de componentes como eixos dianteiro e transmissão média e serviços de logística, manutenção e ferramentaria serão terceirizados, de preferência para empresas do ABC, disse a montadora.


DÍVIDA

O número de famílias endividadas cresceu 6,1 pontos porcentuais nos 12 meses até agosto, para 79% do total de lares no País, informa a Confederação Nacional do Comércio, Serviços e Turismo. O porcentual de inadimplentes bateu recorde: 29,6%. E 10,8% dos devedores afirmam não ter como pagar contas atrasadas. “A melhora no mercado de trabalho e políticas de transferência de renda mais robustas têm favorecido os rendimentos das famílias nas faixas mais baixas, mas a inflação ainda elevada desafia o poder de compra dos consumidores. O crédito tem sido um meio importante de sustentar o consumo”, analisa Izis Ferreira, economista da CNC.


BANCOS

Das cinco empresas listadas na Bolsa com maior valorização de mercado em agosto, quatro são bancos, indica levantamento do hub de investimentos Trade Map. Somados, seu valor de mercado aumentou em 77 bilhões de ­reais. Na liderança está o Itaú ­Unibanco, que acumulou crescimento de 20 bilhões de ­reais, seguido pelo BTG ­Pactual (avanço de 17,8 bilhões), BB (+16,3 bilhões) e Bradesco (+15,4 bi). O Magazine Luiza vem em quinto, com aumento de 11,3 bilhões no valor de mercado, no fim de agosto. A Vale lidera a lista daquelas que perderam valor: caiu 24,1 ­bilhões, para 296,1 bilhões.


MOBILE

O ex-correspondente bancário Brelo agora vende uma tecnologia que permite às instituições financeiras tomar o celular dos devedores como garantia. A solução investiga não só a condição física do aparelho, como sua importância para o usuário, possibilidade de fraudes e inclusão em listas negras. Também permite bloquear o aparelho em caso de inadimplência e habilitar sua transferência para o credor, pois a maioria dos usuários prefere perder o smartphone a renegociar a dívida e pagar mais juros, segundo nota da Brelo.

PUBLICADO NA EDIÇÃO Nº 1225 DE CARTACAPITAL, EM 14 DE SETEMBRO DE 2022.

Este texto aparece na edição impressa de CartaCapital sob o título “Conglomerado verde”

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