Economia

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Pé no freio

O setor imobiliário assiste a uma queda no ritmo de transações. Culpa da inflação e da escalada dos juros

Fôlego. Após recordes sucessivos, os especialistas previam uma acomodação, principalmente no segmento de mais alta renda - Imagem: iStockphoto
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Os principais indicadores de compra e venda de imóveis no segundo trimestre e no primeiro semestre do ano mostram desaceleração no ritmo de crescimento do mercado imobiliário, após dois anos de atividade excepcional, em plena pandemia da Covid-19. Os fatores preponderantes apontados por analistas do setor imobiliário residem na inflação, que corrói a renda e o poder de compra das famílias e contribui para o aumento dos preços de imóveis, e na vertiginosa elevação das taxas de juro, que dificulta o acesso ao financiamento imobiliário em condições vantajosas e aumenta o custo da aquisição dos imóveis financiados.

Há uma redução nos lançamentos de imóveis de alto padrão

Os dados sobre compra e venda de imóveis recentemente divulgados pelo Registro de Imóveis do Brasil, que apura a movimentação de mais 3,5 mil cartórios em 20 estados do País, mostram que no maior mercado, o estado de São Paulo, 11 das 15 mesorregiões, incluídas as mais relevantes, como Metropolitana, Macro Metropolitana, Ribeirão Preto, Campinas e Litoral Sul, experimentaram uma desaceleração. A Grande São Paulo apresentou queda de 0,7% entre o primeiro e o segundo trimestre e de 9,1% em relação ao segundo trimestre do ano passado. No acumulado dos seis primeiros meses de 2022, o recuo chega a 5,6%. Com relação às capitais e municípios selecionados, os resultados retratam uma acomodação, tanto na comparação entre junho de 2021 e 2022, quanto no acumulado do primeiro semestre deste ano. Em particular, destacaram-se de forma negativa Maringá (-31,7%), Recife (-24,2%), Santos (-19,2%), Joinville (-14,8%), Fortaleza (-13,1%), Ribeirão Preto (-9,1%), Rio de Janeiro (-7,4%) e Florianópolis (-6,8%).

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