Mundo
Argentinos vão às ruas em defesa da democracia e em apoio a Cristina; veja fotos e vídeos
Manifestantes entoam cânticos peronistas e gritam palavras de ordem como ‘Sempre com Cristina’ e ‘Eles são os responsáveis pelo ódio que geram’


A cidade de Buenos Aires é palco, nesta sexta-feira 2, de uma grande manifestação em defesa da democracia e em repúdio ao atentado contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner.
Nesta sexta, a Polícia Federal argentina encontrou 100 balas de calibre nove milímetros na casa do brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, preso após tentar atirar na líder peronista, na noite da quinta 1º.
O presidente Alberto Fernández decretou feriado nacional “para que, em paz e harmonia, o povo possa se expressar em defesa da vida, da democracia e em solidariedade à nossa vice-presidenta”.
O ato promovido pela Frente de Todos, coalizão a sustentar o governo de Alberto e Cristina, ocorre na Plaza de Mayo, em frente à Casa Rosada, no centro da capital do país. Antes, manifestantes se reuniram na Avenida de Mayo e na Avenida 9 de Julio.
Os participantes da mobilização entoam cânticos peronistas e gritam palavras de ordem como: “Sempre com Cristina”, “Nunca Mais”, “Eles são os responsáveis pelo ódio que geram”, “A democracia é nossa e se defende” e “Aqui não desistimos”.
Enquanto isso, uma vigília ocorre em frente ao prédio onde a vice-presidenta mora, no bairro Recoleta. Também há uma forte presença policial a controlar a área.
Por volta das 14h45, Alberto Fernández deixou o apartamento de Cristina, onde permaneceu por cerca de 45 minutos. A expectativa é de que ele e todo o seu gabinete participem do ato na Plaza de Mayo. Além de Buenos Aires, outras cidades espalhadas pelo país registram manifestações de rua.
Pouco antes das 16h, a presidenta da Associação Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, chegou ao centro de Buenos Aires e declarou apoio à vice-presidenta da nação: “Cristina é a pátria, e a pátria está sob agressão e e em perigo. Ela é a única mulher capaz de defendê-la como defendeu e por isso eles queriam matá-la ontem. E o povo reagiu”.
A associação tem uma longa história de luta pela democracia. Em 30 de abril de 1977, dezenas de mulheres argentinas decidiram se manifestar na Plaza de Mayo para cobrar respostas sobre o paradeiro dos seus filhos que desapareceram nas mãos da ditadura militar. Na sequência, as mobilizações se tornaram regulares.
Confira fotos e vídeos do ato na capital argentina:
Multitud en Plaza de Mayo. El Pueblo sale a la calle por Cristina y la democracia pic.twitter.com/hQ4f3nOvVZ
— Capitana (@capitanacfk) September 2, 2022
Nos movilizamos todos y todas a Plaza de Mayo en defensa de la democracia, contra la violencia y en apoyo absoluto a #CristinaKirchner ✌🏾🇦🇷✌🏽 pic.twitter.com/IzxwUYpLHl
— Luis D’Elia (@Luis_Delia) September 2, 2022
🎥 Miles de personas siguen llegando a la Plaza de Mayo bajo el lema “en defensa de la democracia”, tras el ataque a la vicepresidenta Cristina Kirchner pic.twitter.com/bRMqyTRd0Y
— Agencia Télam (@AgenciaTelam) September 2, 2022
AHORA: Llegan miles de militantes a Plaza de Mayo para repudiar el intento de asesinato a la vicepresidenta @CFKArgentina pic.twitter.com/JTNw2A69O1
— Miguel Ponce de Leon (@MiguePonceDLeon) September 2, 2022
Reprodução/Twitter/Agencia Clave
📢 Tras el atentado contra la vida de la vicepresidenta de la Nación, @CFKArgentina, la sociedad salió a marchar en su apoyo y se concentra en #PlazaDeMayo en defensa de la democracia.
📲 ¡Seguí la cobertura en nuestras redes!
📸 Sabrina Nicotra y Ana Laura Mársico pic.twitter.com/dzEoncrLwj
— ANCCOM (@AnccomNoticias) September 2, 2022
Foto: Reprodução/Twitter/Enrique Tarchi
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Bolsonaro diz ter enviado ‘notinha’ sobre atentado contra Cristina: ‘Tem gente querendo botar na minha conta’
Por CartaCapital
Polícia encontra 100 projéteis na casa de brasileiro que tentou atirar em Cristina Kirchner
Por CartaCapital
Brasileiros que vivem na Argentina temem xenofobia após atentado contra Cristina Kirchner
Por CartaCapital