CartaExpressa
Freixo defende guinada ao centro e mudança de opinião sobre legalização das drogas
‘O que mudou não foi minha foto, foi a foto do Brasil’, justificou o candidato do PSB ao governo do Rio de Janeiro


O candidato do PSB ao governo do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, defendeu nesta terça-feira 30 sua guinada ao centro e afirmou que o movimento nasceu das transformações pelas quais o País passou nos últimos anos.
“Não fui eu que mudei, foi o Brasil que mudou. O que mudou não foi minha foto, foi a foto do Brasil”, disse o pessebista durante sabatina promovida pelos jornais O Globo, Extra e Valor e pela rádio CBN. “Nós temos um presidente da República que manda jornalista calar a boca, que ameaça as instituições. O que mudou foi o Brasil, e a gente precisa ter responsabilidade com essa mudança. Não podemos fazer a mesma coisa que fizemos até agora, porque não foi suficiente.”
Freixo foi questionado diretamente sobre sua decisão de não endossar mais a legalização das drogas e declarou que a mudança ocorreu após conversar, “ao longo de um ano e meio, com as mulheres pobres, as mães, as pessoas que vivem em um lugar onde tem droga, tem arma e tem morte”.
“Isso passa pela capacidade de escutar as pessoas e, sim, mudar de opinião. Isso não significa que eu concorde com qualquer tipo de violência do Estado, coisa que sempre enfrentei. Não significa que eu concorde com qualquer guerra que aumente o racismo e a violência contra a juventude negra, pobre e moradora de favela.”
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.