Política

Lewandowski libera voto para julgamento do ‘mensalão’ no STF

Revisor diz que entregou o voto “mais curto da história”, mas que fez “das tripas coração” para respeitar plano de trabalho do STF

Lewandowski libera voto para julgamento do ‘mensalão’ no STF
Lewandowski libera voto para julgamento do ‘mensalão’ no STF
Ricardo Lewandowski é o relator de dois dos projetos que serão analisados pelo STF. Foto: Gervásio Baptista / STF
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Por Débora Zampier*

Brasília – O ministro Ricardo Lewandowski liberou nesta terça-feira 26 o processo do ‘mensalão’ para julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF). Lewandowski, revisor da ação penal sobre o suposto esquema de compra de votos de parlamentares denunciado em 2005, confirmou a entrega ao chegar à sessão da Segunda Turma do STF.

“É o voto revisor mais curto da história do Supremo Tribunal Federal. A média para um réu é seis meses. Fiz das tripas coração para respeitar o estabelecido pela Suprema Corte”, disse o ministro.

Como revisor da ação penal do mensalão, Lewandowski tem papel complementar ao trabalho do relator Joaquim Barbosa, fazendo observações e correções, se considerar necessário. O revisor também é responsável por liberar a ação penal para ser incluída na pauta de julgamento.

No início de junho, Como Lewandowski entregou o voto um dia depois do prazo possível para cumprir burocracias do processo, como publicação em diário oficial e convocação de advogados, o início do julgamento foi adiado em um dia. A informação foi confirmada nesta terça-feira pelo gabinete do presidente do STF, Carlos Ayres Britto. De acordo com a assessoria de Britto, os ministros entenderam que não era conveniente publicar hoje uma edição extra do Diário da Justiça Eletrônico (DJE) para dar tempo de começar o julgamento no prazo previsto anteriormente.

Na quinta-feita 21, Ayres Britto encaminhou ofício a Lewandowski alertando que era imperativo liberar até ontem os processos que serão julgados pelo plenário do STF no início de agosto. Britto não fez referência ao mensalão, mas encaminhou o documento apenas ao ministro. Há especial apreensão sobre prazos porque o ministro Cezar Peluso vai se aposentar compulsoriamente no final de agosto.

Em resposta encaminhada a Britto ontem à noite, Lewandowski se disse “surpreso” com o ofício e argumentou que a palavra final sobre o cronograma é do plenário do STF. “O egrégio plenário, integrado por experimentados juízes, detém a última palavra no que concerne à interpretação e ao alcance das normas regimentais”.

*Publicado originalmente em Agência Brasil.

Por Débora Zampier*

Brasília – O ministro Ricardo Lewandowski liberou nesta terça-feira 26 o processo do ‘mensalão’ para julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF). Lewandowski, revisor da ação penal sobre o suposto esquema de compra de votos de parlamentares denunciado em 2005, confirmou a entrega ao chegar à sessão da Segunda Turma do STF.

“É o voto revisor mais curto da história do Supremo Tribunal Federal. A média para um réu é seis meses. Fiz das tripas coração para respeitar o estabelecido pela Suprema Corte”, disse o ministro.

Como revisor da ação penal do mensalão, Lewandowski tem papel complementar ao trabalho do relator Joaquim Barbosa, fazendo observações e correções, se considerar necessário. O revisor também é responsável por liberar a ação penal para ser incluída na pauta de julgamento.

No início de junho, Como Lewandowski entregou o voto um dia depois do prazo possível para cumprir burocracias do processo, como publicação em diário oficial e convocação de advogados, o início do julgamento foi adiado em um dia. A informação foi confirmada nesta terça-feira pelo gabinete do presidente do STF, Carlos Ayres Britto. De acordo com a assessoria de Britto, os ministros entenderam que não era conveniente publicar hoje uma edição extra do Diário da Justiça Eletrônico (DJE) para dar tempo de começar o julgamento no prazo previsto anteriormente.

Na quinta-feita 21, Ayres Britto encaminhou ofício a Lewandowski alertando que era imperativo liberar até ontem os processos que serão julgados pelo plenário do STF no início de agosto. Britto não fez referência ao mensalão, mas encaminhou o documento apenas ao ministro. Há especial apreensão sobre prazos porque o ministro Cezar Peluso vai se aposentar compulsoriamente no final de agosto.

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*Publicado originalmente em Agência Brasil.

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