Economia

assine e leia

Não há tempo ruim

O lucro dos maiores bancos sobe 17,2% no semestre

Não há tempo ruim
Não há tempo ruim
Imagem: Marcelo Camargo/ABR
Apoie Siga-nos no

Os quatro maiores bancos do ­País (BB, Itaú Unibanco, Bradesco e ­Santander) lucraram, no primeiro semestre, 51,406 bilhões de reais, 17,2% a mais do que no mesmo período de 2021. O BB puxou a fila, com um salto de 45,6% no resultado, para 14,15 bilhões. O Bradesco veio em seguida, com lucro 27% maior, de 14,5 bilhões. O Itaú Unibanco, com 14,7 bilhões, teve queda de 1,7%. O ­Santander também perdeu (-0,5%): chegou a 8 bilhões no semestre. O fator principal para esse resultado foi o retorno das atividades pós-pandemia, que abriu espaço para concessões de crédito em linhas mais arriscadas. Além disso, assinala o analista Luis Miguel Santacreu, da Austin Rating, os conglomerados cortaram custos, fecharam agências e demitiram, enquanto aprofundavam a digitalização vitaminada no confinamento imposto pela Covid-19. “O segundo semestre tem eleição, novo governo, Copa do Mundo, Selic em 14% por um bom tempo a ­frear a economia e desaquecimento global. Difícil estimar qual evento será mais danoso em termos de inadimplência e provisão de inadimplência para o resultado dos bancos”, adverte o analista.

Imagem: Raphael Ribeiro/BCB


TIC-TAC

Imagem: iStockphoto

Murilo Vilaverde, aluno de Administração de Empresas da Strong Business School, de 18 anos, e quatro colegas desenvolveram uma plataforma para integrar as informações necessárias para a atracação no porto de Santos. A solução centraliza várias áreas envolvidas no processo: alfândega, Receita Federal, armadores etc., que se comunicam uma a uma, por e-mail, rádio e telefone. A plataforma contribui assim para diminuir os atrasos na atracação, que em média chegam a seis horas por dia. “A modernização de Santos é urgente, diz Renato Marcio. “Para se ter uma ideia, portos mundo afora usam eletroímãs para estabilizar um navio atracado, no Brasil ainda fazemos amarração por espias e cabeços.”


P&D

A Nextracker, empresa de rastreadores solares e otimização da geração de energia, acaba de anunciar no Brasil seu maior centro de pesquisa e desenvolvimento e treinamento fora dos EUA. Serão 40 cientistas e técnicos envolvidos em projetos de pesquisa para desenvolver tecnologia para grandes usinas solares. No País, há usinas solares com o mesmo potencial de geração de Sobradinho, ou seja, mais de 1 gigawatt.


EDUCAÇÃO I

Goiás e Santa Catarina serão os novos polos de expansão da Faculdade do Comércio de São Paulo, mantida pela Associação Comercial de São Paulo e a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo. Com 1,2 mil alunos e perspectivas de chegar a 6 mil nos próximos cinco anos, a FAC opera em Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Maranhão, Rondônia, Pará e vai construir um campus em Piracicaba, onde vai oferecer cursos de graduação e pós à distância. O objetivo é formar profissionais com visão mais exata da realidade das empresas e do mercado.


EDUCAÇÃO II

O Movimento Brasil Competitivo iniciou uma campanha para promover a educação técnica a fim de incrementar a mão de obra qualificada e aumentar a competitividade do País. Em manifesto, o movimento defende a meta de fazer o ensino médio técnico alcançar 40% do total de matrículas no ensino médio regular, em 2030. Além de fomentar a maior participação do setor privado na oferta de educação técnica, a iniciativa pede uma adequação dos cursos e conhecimentos para cada região. Também propõe a avaliação e criação de iniciativas em parceria com o setor produtivo para a ampliação da oferta de vagas de nível médio e técnico.

PUBLICADO NA EDIÇÃO Nº 1222 DE CARTACAPITAL, EM 24 DE AGOSTO DE 2022.

Este texto aparece na edição impressa de CartaCapital sob o título “Não há tempo ruim”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo