Política

Mourão se declara branco quatro anos após se identificar como indígena ao TSE

Vice-presidente também retirou o título ‘general’ para concorrer à vaga no Senado pelo Rio Grande do Sul

O General Hamilton Mourão, vice-presidente do Brasil. Foto: Suamy Beydoun/AGIF/AFP O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), cuja mulher é contratada pela Poupex. Foto: Suamy Beydoun/AGIF/AFP
Apoie Siga-nos no

O vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicamos), oficializou na terça-feira 9 sua candidatura ao Senado pelo Rio Grande do Sul. Ao Tribunal Superior Eleitoral, ele se autodeclarou branco e retirou o título de general do nome.

Em 2018, na chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL), o hoje candidato a senador se declarou indígena e chegou a dizer que sua avó era “cabloca de Humaitá” e que era filho de um amazonense.  O vice-presidente também passou a campanha com a denominação de ‘general Mourão’.

O general já declarou que “indígenas são indolentes” e que o traço faz parte da “herança cultural brasileira”.

Candidatura como vice-presidente em chapa com Bolsonaro. Fonte: TSE

Candidatura ao Senado pelo estado do Mato Grosso do Sul. Fonte: TSE

AUMENTO NO PATRIMÔNIO

Outra mudança entre as duas candidaturas de Mourão, em 2018 e agora em 2022, é o patrimônio. Há quatro anos, o vice declarou R$ 414.470,04 em bens e neste ano o militar diz ter R$ 1.145,761,85, mais que o dobro.

Parte do novo valor estaria divido em um veículo automotor de R$ 61 mil, um apartamento de R$ 204 mil e duas aplicações em renda fixa, que somam R$ 880.761,85.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo