Política
PP veta Lula em propaganda, mas libera alianças regionais
PT e Progressistas estão juntos em Mato Grosso, no Maranhão, no Espírito Santo, no Pará e em Pernambuco
Presidente licenciado do Progressistas, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, vem tentando minimizar o apoio que seu partido tem dado à candidatura presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em diversos Estados. Após o Estadão mostrar que o próprio ministro escondia em sua base eleitoral, o Piauí, a imagem do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, o Progressistas desautorizou uma aliança formal com os petistas no Ceará. O gesto, no entanto, foi limitado. Na sexta-feira passada último dia das convenções partidárias, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anulou a intervenção e retomou a aliança da sigla com a legenda de Lula. Além disso, o partido governista continua companheiro do PT em várias outras disputas estaduais.
PT e Progressistas estão juntos em Mato Grosso, no Maranhão, no Espírito Santo, no Pará e em Pernambuco, mas, como o candidato a governador da coligação não é petista, as alianças nem chegaram a ser proibidas pela direção nacional.
Satisfação
Um integrante da Executiva Nacional do Progressistas disse que não haverá “censura” para quem quiser apoiar Lula, mas o partido não permitirá que o ex-presidente apareça na propaganda eleitoral dos candidatos da sigla.
O ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE), aliado do PT no Estado, avaliou o veto como uma forma de dar satisfação a Bolsonaro.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.



