Política
‘Vamos conversar’, diz Lula a Janones, candidato do Avante à Presidência
Nas redes sociais, Janones afirmou ter se apresentado como candidato para ‘defender a democracia brasileira, que hoje corre risco’


As redes sociais registraram nesta quinta-feira 28 um raro caso de interação direta entre candidatos à Presidência da República nestas eleições. Líder das pesquisas de intenção de voto, Lula, do PT, escreveu a André Janones, do Avante.
Janones publicou um texto no qual declara ter se lançado à disputa para “mudar a vida das pessoas”. Mencionou o combate à fome e a necessidade de um auxílio permanente de 600 reais, “sem fazer disso moeda de troca em período eleitoral”.
Também afirmou ter se apresentado como candidato para “defender a democracia brasileira, que hoje corre risco”.
Ao responder ao post, Lula escreveu: “Fico feliz. Essa também é a causa que me motiva na política, estamos juntos nisso. Vamos conversar”.
Na última terça-feira 26, Janones disse à GloboNews que havia pensado em desistir de sua candidatura caso algum postulante se propusesse a abarcar suas pautas de campanha, mas teria mudado de ideia após um encontro com Lula.
Em reunião, ele afirma que Lula pediu para que refletisse sobre qual papel quer desempenhar na defesa da democracia nos próximos quatro anos e ponderou que não teria moral para demandar a retirada de candidatura do oponente mais jovem.
“Ele me disse que me vê tão teimoso quanto ele, que ele também, quando se colocou como candidato lá atrás, as pessoas sempre diziam que deveria desistir porque não tinha chance, e se ele não tivesse insistido não teria sido presidente da República por oito anos”, conta Janones.
Fico feliz. Essa também é a causa que me motiva na política, estamos juntos nisso. Vamos conversar.
— Lula (@LulaOficial) July 28, 2022
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.