Política
Lula se reúne com Francia Márquez, vice eleita da Colômbia, para discutir o combate à fome e ao racismo
A turnê de Márquez vai até a próxima segunda e inclui visitas a Rio de Janeiro, Santiago, Buenos Aires e La Paz
O ex-presidente Lula recebeu em São Paulo, nesta terça-feira 26, a vice-presidente eleita da Colômbia, Francia Márquez.
Conversamos “sobre América do Sul e o combate à fome e o racismo em nossos países”, escreveu o petista no Twitter, em mensagem acompanhada de uma foto dele de mãos dadas com a vice colombiana.
Favorito nas pesquisas para o pleito de 2 de outubro, no qual terá o presidente Jair Bolsonaro como principal adversário, Lula também desejou “boa sorte” ao novo governo da Colômbia, a cargo de Gustavo Petro.
Petro assumirá em 7 de agosto como o primeiro presidente de esquerda da Colômbia, a quarta maior economia da América Latina e que sofre com um conflito armado que já dura quase seis décadas.
O encontro de Lula com Márquez, que será a primeira vice-presidente negra da Colômbia, acontece no âmbito de um giro da renomada líder ambiental iniciado nesta terça no Brasil.
A turnê de Francia Márquez vai até a próxima segunda e inclui visitas a Rio de Janeiro, Santiago (Chile), Buenos Aires (Argentina) e La Paz (Bolívia), segundo uma agenda divulgada por sua assessoria de imprensa.
“Queremos estabelecer um diálogo fraterno com líderes políticos e sociais em temas de paz, igualdade, mudança climática e justiça racial na região”, escreveu Márquez em suas redes sociais.
O Partido dos Trabalhadores informou que a agenda de Márquez em São Paulo incluiu encontros com ex-ministros para “conhecer os programas de inclusão social implementados pelos governos petistas”.
A vice colombiana também se reuniu com representantes do movimento negro do Brasil.
“Francia Márquez demonstrou especial interesse nas políticas afirmativas, nos programas de transferência de renda, de combate à violência contra a criança e de proteção à mulher, como a Lei Maria da Penha”, acrescentou o PT.
Se Lula vencer as eleições, conforme apontam as pesquisas, o Brasil se somará à nova onda de governos de esquerda na América Latina, entre eles os de Argentina, Chile, México e Bolívia.
Bolsonaro, por sua vez, não parabenizou Petro pela vitória em junho e assinalou que sua chegada ao poder é uma amostra da “ameaça da volta do comunismo”, referindo-se aos governos do PT.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.