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Exército admite ter liberado compra de fuzil para um membro do PCC

A Força reconheceu não haver impedimento para aprovar o certificado de registro de CAC para um integrante da fação, conforme os documentos apresentados por ele

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O Exército reconheceu nesta sexta-feira 22 não ter encontrado impedimento para aprovar o certificado de caçador, atirador e colecionador – o CAC – para um integrante do Primeiro Comando da Capital, o PCC, diante dos documentos apresentados por ele.

Com o registro em mãos, o homem adquiriu duas carabinas, um fuzil, duas pistolas, uma espingarda e um revólver. As armas compradas por CACs devem ficar registradas no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas, o Sigma.

Em nota enviada ao jornal Folha de S.Paulo, o Exército diz ter usado a autodeclaração de idoneidade e a certidão criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais para a análise.

O integrante do PCC obteve o registro de CAC, em junho de 2021, mesmo com 16 processos criminais em sua certidão de antecedentes, entre os quais homicídio qualificado e tráfico de drogas.

“Toda a documentação requerida para a entrada do processo foi verificada. Assim, seguindo o princípio da legalidade, as informações prestadas acerca da idoneidade e da documentação referente aos antecedentes criminais são de responsabilidade do interessado”, afirmou a Força.

O Exército emendou: “No caso em questão, o cidadão apresentou a certidão criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais em conjunto com a autodeclaração de idoneidade, não havendo informações impeditivas para o prosseguimento do trâmite processual naquela oportunidade”.

A Polícia Federal apreendeu as armas do integrante do PCC em 14 de julho, ao cumprir três mandados de busca e apreensão na Operação Ludíbrio, em Uberaba (MG).

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