Política

Rosa Weber será relatora das representações contra Bolsonaro por ataques ao sistema eleitoral

Parlamentares da oposição alegam que o presidente praticou o crime de “abolição violenta do Estado Democrático de Direito”

Rosa Weber será relatora das representações contra Bolsonaro por ataques ao sistema eleitoral
Rosa Weber será relatora das representações contra Bolsonaro por ataques ao sistema eleitoral
Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF
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A ministra do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, será a relatora do pedido de investigação protocolado pela oposição contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por ataques às urnas eletrônicas e à Justiça Eleitoral em encontro com embaixadores nesta segunda-feira 18.

O pedido agora deverá ser encaminhado ao procurador-Geral da República, Augusto Aras, para se manifestar sobre o requerimento de investigação.

A representação é assinada pelos deputados federais Alencar Santana (PT-SP), Reginaldo Lopes (PT-MG), Sâmia Bonfim (PSOL-SP), Renildo Calheiros (PCdoB-PE), André Figueiredo (PDT-CE), Joênia Wapichana (Rede-RR), Wolney Queiroz (PDT-PE), Bira do Pindaré (PSB-MA), Bacelar (PV-BA), e Afonso Florence (PT-BA).

O parlamentares acusam o presidente do crime de “abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, tipo penal que consiste em “tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais” e que tem como pena, quatro a oito anos de prisão. Sustentam ainda que Bolsonaro usou da estrutura do Planalto e outros órgãos públicos, como a TV Brasil, para fazer ataques, sem provas, ao sistema eleitoral eletrônico.

Segundo os deputados, o encontro com os embaixadores representou o mais chocante e agressivo de todos os atos antidemocráticos praticados por Bolsonaro, expondo de forma negativa a imagem do Brasil no cenário internacional.

“É grave a ameaça ao Estado Democrático de Direito, pois afronta a soberania popular a depender do possível resultado do pleito de 2022, aquele que não seja do interesse do representado, a sua vitória eleitoral”.

Apesar de a Corte estar em recesso, o caso foi distribuído por sorteio à ministra, que está trabalhando normalmente durante o período.

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