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Leonardo Péricles, pré-candidato a presidente pela UP, denuncia ataques racistas

O postulante ao Planalto afirmou que levará o caso à Justiça e atribuiu as mensagens ao fato de ser o único homem negro e morador de ocupação a disputar o cargo

Leonardo Péricles, pré-candidato a presidente pela UP, denuncia ataques racistas
Leonardo Péricles, pré-candidato a presidente pela UP, denuncia ataques racistas
Créditos: Divulgação redes sociais
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O pré-candidato à Presidência da República pela Unidade Popular, Leonardo Péricles, denunciou ataques racistas sofridos por ele nas redes sociais.

No domingo 17, Péricles expôs em uma publicação o teor de algumas mensagens direcionadas a ele.

“Sou português ariano puro e sinto nojo de pretos porque tua raça tem em média 55-80 de QI e também possuem uma altíssima propensão para violência. A raça preta deveria ser expulsa das cidades e empurrada de volta para a selva, um lugar que nunca deveriam ter saído”, escreveu um internauta identificado por ‘ Bruno Silva’.

O perfil, posteriormente deletado das redes, ainda escreveu: ‘Vota em Bolsonaro para o país continuar racista. Bolsonaro é o maior racista do Brasil. Viva o racismo. Preto nojento!’

Na publicação em que denunciou o caso, o pré-candidato ao Palácio do Planalto atribuiu aos ataques ao fato de ser o único homem negro, trabalhador e morador de ocupação a disputar o pleito presidencial.

“Há mais de 90 anos, um negro não é candidato ao cargo mais importante do Brasil. A minha presença incomoda os racistas e os fascistas que querem manter seus privilégios”, disse. “Esses ataques serão tratados como devem pelo jurídico do nosso partido e sendo mola propulsora para lutarmos ainda mais para a construção de uma sociedade onde preconceitos como o racismo não existam.”

Leonardo Péricles também reforçou a campanha da Unidade Popular para defender a presença dos candidatos negros nos debates promovidos por emissoras de TV. “É de suma importância que a população brasileira saiba que não existem apenas homens e mulheres brancos e ricos como opção para governar o País.”

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