Política

Vigilante diz que atirador gritou ‘aqui é Bolsonaro’ dois minutos antes de disparar contra Arruda

Na oitiva, a testemunha afirma quase ter sido atropelada por Guaranho. Ela acrescenta ter ouvido os primeiros tiros às 23h54

Vigilante diz que atirador gritou ‘aqui é Bolsonaro’ dois minutos antes de disparar contra Arruda
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Foto: Reprodução
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Uma vigilante informou à Polícia Civil do Paraná ter ouvido o policial penal Jorge Guaranho gritar “aqui é Bolsonaro” pouco antes de assassinar a tiros o tesoureiro do PT Marcelo Arruda, em 9 de julho, durante uma festa de aniversário.

O vídeo com trecho do depoimento de Daniele dos Santos, que fazia uma ronda na rua onde ocorria a festa, foi divulgado neste domingo 17 pelo UOL.

“No que ele entrou com tudo na chácara, eu só ouvi nitidamente ele falando ‘aqui é Bolsonaro, porra’. Aí, dentro de dois minutos, começou o tiroteio”, disse a vigilante à polícia.

Na oitiva, Daniele ainda afirma quase ter sido atropelada por Guaranho. Ela acrescenta ter ouvido os primeiros tiros às 23h54. “Procurei achar apoio, ligar para a polícia”, prosseguiu.

Apesar de o depoimento de Daniele constar do inquérito, não foi mencionado na conclusão do relatório da Polícia Civil ou na entrevista coletiva concedida pela delegada Camila Cecconello na sexta-feira 15.

Após o inquérito, a Polícia Civil disse descartar motivação política no assassinato de Arruda. Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por causar perigo comum.

No fim da noite da sexta 15, Cecconello afirmou que a perícia no celular de Guaranho pode apresentar fatos novos e mudar os rumos da investigação. No sábado 16, o Ministério Público do Paraná solicitou à Justiça o resultado da perícia.

CartaCapital, integrantes da Comissão Executiva Nacional do PT, como a deputada Maria do Rosário (RS) e Jilmar Tatto, adiantaram que o partido insistirá na federalização do caso, mesmo diante da resistência inicial da Procuradoria-Geral da República.

A conclusão do inquérito pela Polícia também revoltou a defesa da família de Arruda. “O relatório apresentado é recheado de contradições e imprecisões que demonstram a deficiente formação do mesmo”, afirmaram, em nota, os advogados Daniel Godoy Junior, Paulo Henrique Zuchoski, Andrea Pacheco Godoy e Ian Martins Vargas.

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