Política
Mourão diz que morte de Dom foi ‘dano colateral’ e cita possibilidade de mandante
‘Se há um mandante, é comerciante da área que estava se sentindo prejudicado’, sugeriu o vice-presidente


O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) afirmou nesta segunda-feira, 20, que o assassinato do jornalista inglês Dom Phillips foi um “dano colateral” pelo fato de estar junto ao indigenista Bruno Pereira na Amazônia, também assassinado. Ele ainda considerou a possibilidade de haver um mandante para os crimes, o que a Polícia Federal nega até o momento.
“Vai aparecer, se há um mandante. Se há um mandante, é comerciante da área que estava se sentindo prejudicado pela ação principalmente do Bruno e não do Dom. Dom entrou de gaiato nessa história, é dano colateral”, afirmou o vice-presidente a jornalistas no Palácio do Planalto.
Mourão ainda chamou o assassinato de Dom e Bruno de “morte estúpida”. “Essas pessoas aí que assassinaram covardemente os dois são ribeirinhos”, declarou o vice-presidente.
O pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, já confessou participação nos crimes.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Polícia Federal encontra barco usado por Bruno e Dom submerso na Amazônia
Por Estadão Conteúdo
Caetano Veloso homenageia Bruno Pereira e Dom Phillips: ‘Por que parar as investigações?’
Por CartaCapital