Política
União Brasil decide apoiar a pré-candidatura de Kalil ao governo de Minas
O presidente nacional da legenda e pré-candidato ao Planalto, Luciano Bivar, afirmou que o fato de o PSD não ter candidato a presidente facilitou a negociação


O União Brasil decidiu nesta segunda-feira apoiar a pré-candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) ao governo de Minas. Ao Broadcast Político, o presidente nacional da legenda e pré-candidato ao Planalto, Luciano Bivar, afirmou que o fato de o PSD não ter candidato a presidente facilitou a negociação. Kalil, no entanto, formalizou aliança com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Minas.
Em nota, a assessoria de Kalil confirmou que o ex-prefeito esteve em Brasília em reunião com Bivar e Antônio Rueda, vice-presidente da legenda.
A União vinha negociando aliança com o governador Romeu Zema (Novo), pré-candidato à reeleição, e reivindicava a vice na chapa. O nome do deputado federal Bilac Pinto (União Brasil) foi cotado para ocupar a vaga.
Reservadamente, uma fonte que participou das negociações afirmou ao Broadcast Político que houve uma quebra de palavra por parte do Zema em não destinar a vice à União Brasil. A indicação do deputado federal Marcelo Aro (PP), segundo a fonte, já é praticamente “martelo batido”.
Apesar do impasse estadual, a decisão de apoiar Kalil foi tomada em âmbito nacional, de acordo com a fonte. O desejo de Bivar em formar palanque forte no Estado, mesmo ciente da sua baixa viabilidade na corrida ao Planalto, fortaleceu a negociação.
“A decisão foi trabalhada com a estadual, mas a força veio do nacional. Zema tinha dificuldade de fazer palanque a Bivar e Kalil abriu essa perspectiva. Kalil vai continuar com Lula, mas tem uma parte que apoia o Kalil, mas não quer Lula, um voto mais conservador. E Kalil comprometeu de levar esse pessoal para o Bivar. Com esse espectro de aliança, monta palanque para Bivar”, disse a fonte, em caráter reservado.
O movimento robustece a campanha de Kalil. Hoje, o União Brasil tem quase R$ 1 bilhão de recursos dos fundos eleitoral e partidário, além do maior tempo de TV na campanha.
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