Política

Leite anuncia pré-candidatura ao governo do Rio Grande do Sul pelo PSDB

Após renunciar ao cargo em março e ensaiar candidatura presidencial, tucano decidiu concorrer novamente ao Palácio Piratini

Leite anuncia pré-candidatura ao governo do Rio Grande do Sul pelo PSDB
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O ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB). Foto: Itamar Aguiar/ Palácio Piratini
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O ex-governador Eduardo Leite oficializou nesta segunda-feira a sua candidatura ao governo do Rio Grande do Sul pelo PSDB. O anúncio foi feito na sede do diretório estadual tucano, em Porto Alegre, ao lado de Ranolfo Vieira Júnior, que é o atual governador daquele estado.

Com a definição de Leite, os tucanos esperam que o MDB abra mão da pré-candidatura de Gabriel Souza, que seria o indicado a vice na chapa do PSDB ao Palácio Piratini. Souza tem resistido a deixar a disputa ao governo estadual. Apesar disso, ele sofre pressão da direção nacional do MDB, que ameaça até cortar os repasses do fundo eleitoral de uma eventual campanha.

A composição do MDB como vice na chapa de Leite é a principal contrapartida exigida pelos tucanos em acordo nacional em troca do apoio à pré-candidatura presidencial da senadora Simone Tebet (MDB-MS).

O MDB gaúcho argumenta que já elegeu quatro governadores naquele estado e que nunca deixou de lançar candidato nas eleições estaduais. Ao tratar sobre a dificuldade do apoio dos emedebistas, Leite pediu “serenidade” e sugeriu que precisa haver reciprocidade, já que o PSDB também cedeu ao abrir mão da candidatura presidencial.

—Tenho profundo respeito pelo MDB. É natural que o partido queira lançar um nome. Mas o PSDB também abriu mão de uma candidatura para apoiar Tebet — disse Leite.

O ex-governador renunciou ao cargo em 31 de março, quando ensaiava uma candidatura presidencial pela terceira via. O plano, porém, não deu certo. Para concorrer a governador, no entanto, Leite teve de quebrar uma promessa de campanha de não concorrer a um segundo mandato.

O ex-governador sempre se disse contrário ao instituto da reeleição. Desta vez, porém, ele decidiu fazer um contorcionismo ao justificar sua posição. E disse que só será candidato porque não levará vantagem sobre os demais postulantes, já que renunciou ao cargo e não estará investido do poder durante a disputa. Caso eleito mais uma vez, Leite não poderia concorrer à reeleição, já que a lei não permite que um governador possa exercer três mandatos consecutivos.

— Minha crítica à reeleição é estar no poder para usar o cargo. Eu não mudo os meus princípios. Se for candidato a governador, só fora do cargo. Se há alguma vantagem da minha candidatura, será apenas de já ser conhecido da população — afirmou.

Leite também negou que o governo gaúcho fosse seu “plano B”, ainda que tenha cogitado ser candidato a presidente pelo PSD de Gilberto Kassab. A sigla ofereceu legenda ao gaúcho para a disputa ao Palácio do Planalto, mas ele desistiu de deixar o PSDB. O tucano também tentou se viabilizar pelo próprio PSDB, ainda que tenha perdido as prévias para o ex-governador João Doria. No ano passado, Leite já tinha flertado com uma candidatura ao Palácio do Planalto pelo Podemos.

— O Rio Grande do Sul não é plano B. Se meu plano fosse ser candidato a presidente, eu tinha condições para isso — complementou o ex-governador.

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