Augusto Diniz | Música brasileira

Jornalista há 25 anos, Augusto Diniz foi produtor musical e escreve sobre música desde 2014.

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‘A democracia corre risco real’, diz Paulo Miklos

Cantor e compositor lança seu quarto álbum solo, o segundo depois que deixou a banda Titãs

‘A democracia corre risco real’, diz Paulo Miklos
‘A democracia corre risco real’, diz Paulo Miklos
Foto: José de Holanda/Divulgação
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“A gente se viu numa situação bem depressiva”. É assim que o cantor e compositor Paulo Miklos, em entrevista a CartaCapital, resume os últimos anos de pandemia. No período, em um cotidiano que envolvia tarefas domésticas e a companhia de crianças em casa, o músico conta que sequer conseguiu encontrar pessoalmente os parceiros musicais.

“As canções foram surgindo como uma terapia”, diz o artista que compôs as canções de seu quarto álbum solo, o segundo depois que deixou a banda Titãs. Desta vez, Miklos fez letra e melodia das músicas, diferente do passado.

“Uma coisa que me dei conta é que quando a gente faz com o parceiro, a gente quer seduzi-lo. Como não tinha nenhum parceiro, as canções surgiram de uma memória do rádio, daquilo que ouvia”, revela.

Com o nome de Do Amor Não Vai Sobrar Ninguém, o novo disco de 12 faixas fala “de um amor maduro e consciente”. Para o cantor, as músicas são “uma possibilidade de escape de toda esta opressão, desta época difícil”. 

O músico acha que a situação se agravou muito nos últimos anos, com ambiente “beligerante”. “A gente tem que querer muito justiça social, algo inclusivo. Uma sociedade mais feliz, menos violenta”.

Miklos considera essencial investir num futuro melhor. “E acho que isso a gente deve fazer agora em outubro”, diz em referência à eleição. “Eu tenho feito isso. Tenho me posicionado mais firmemente. Tenho escancarado minha preferência”. 

“Agora é o momento em que nossa democracia está sendo muito atacada e corre risco real. Estou certo que a gente tem que agir em bloco. A união vai fazer a gente reverter este quadro”.  

Miklos fala ainda do processo de criação na pandemia e dos filmes que irá estrear, como Jesus Kid, O Clube dos Anjos e O Homem Cordial – este lhe valeu o Kikito, uma das maiores premiações do cinema brasileiro, na categoria Melhor Ator. 

Assista a entrevista de Paulo Miklos na íntegra:


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