Política

Lula não desiste de ter o apoio do PDT; PT quer dialogar com PROS e Avante

‘Lula disse: ‘Só falta o PDT aqui para compor esse campo totalmente’, afirmou a presidenta petista, Gleisi Hoffmann, após reunião de partidos aliados

Lula não desiste de ter o apoio do PDT; PT quer dialogar com PROS e Avante
Lula não desiste de ter o apoio do PDT; PT quer dialogar com PROS e Avante
O ex-presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert
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A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que o ex-presidente Lula sente “falta” do apoio do PDT à sua candidatura. Sinalizou, também, a disposição de intensificar o diálogo com legendas não identificadas com a esquerda, como o PROS e o Avante.

Lula e seu vice, Geraldo Alckmin, se reuniram nesta segunda-feira 23, em São Paulo, com lideranças dos partidos que compõem a coligação “Vamos Juntos pelo Brasil”: PSB, PV, PCdoB, PSOL, Rede e Solidariedade.

Segundo Gleisi, Lula “fez questão de dizer que é a primeira vez que ele senta com o conjunto dos partidos que representam o campo progressista e democrático, da esquerda e da centro-esquerda”.

“[Disse também] Que em nenhuma outra eleição ele teve esse conjunto de partidos. Ele disse: ‘Só falta o PDT aqui para compor esse campo totalmente.”

Apesar da declaração, Gleisi pediu “respeito com a candidatura alheia”, em referência a Ciro Gomes, nome bancado pelo PDT para a disputa pelo Palácio do Planalto. Ela negou rumores de que o PT “pressionaria” os pedetistas a recuar.

“Isso não é correto fazer. A gente respeita muito a legitimidade dos partidos de apresentar a candidatura”, declarou a presidenta petista. “Obviamente gostaríamos de ter o PDT neste campo, mas respeitamos. Não sei se a candidatura do Ciro vai continuar até o fim ou não. Essa é uma decisão que cabe ao PDT.

Gleisi reforçou ser “óbvio” que uma eventual desistência de Ciro geraria uma migração de votos para Lula, já que ambos ocupam o mesmo “campo político”. Além do diálogo com o PDT, o PT pretende investir em conversas com o PSD, de Gilberto Kassab, e com siglas menores, como o PROS e o Avante.

Com Kassab, o PT reconhece a dificuldade de obter um acordo já no primeiro turno, devido a divergências nos estados. A leitura em relação ao MDB é a mesma, com o “agravante” de a sigla ter lançado uma candidata própria, a senadora Simone Tebet.

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