CartaExpressa
Bolsonaro e Doria são os pré-candidatos mais rejeitados entre os eleitores brasileiros, aponta pesquisa
Lula tem o melhor desempenho entre os pré-candidatos, reunindo o maior volume de potencial de votos
O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) são os dois pré-candidatos mais rejeitados pelos eleitores brasileiros. A informação consta nos dados da nova rodada da pesquisa da consultoria Quaest, divulgada nesta quarta-feira 11.
De acordo com o levantamento, Doria e Bolsonaro têm 59% de indicações de ‘conheço e não votaria’ entre os eleitores entrevistados. Na sequência aparecem Ciro Gomes (PDT), com 55%, e Lula (PT), com 43%.
Apesar do alto índice de rejeição, de acordo com o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest, o resultado é uma boa notícia para Bolsonaro, uma vez que, a taxa negativa reduziu 7 pontos percentuais desde fevereiro.
“É boa notícia para o presidente a queda contínua de sua rejeição. Entre fevereiro e maio, a rejeição a Bolsonaro caiu 7 pontos percentuais”, registrou o pesquisador em suas redes sociais.
No mesmo período, Doria, Ciro e Lula oscilaram dentro da margem de erro, indicando estabilidade nos índices registrados nesta quarta-feira.
Para além da rejeição, a pesquisa Quaest monitorou ainda o potencial de voto de cada pré-candidato. Neste quesito, Lula é quem tem o melhor desempenho, com 55% ao somarmos as taxas de ‘conhece e votaria’ e ‘conhece e poderia votar’.
Na sequência, aparece então Bolsonaro, com 36%, sendo 23% de indicações ‘votaria’ e 13% de ‘poderia votar’. Ciro ocupa o terceiro lugar neste quesito, com 29%, sendo 25% de ‘poderia votar’ e apenas 4% de ‘votaria’.
Além dos quatro candidatos, a pesquisa também apontou o percentual de rejeição de André Janones (Avante), Felipe D’avila (Novo) e Simone Tebet (MDB). Nos três casos, a taxa registrada não ultrapassa 17%, mas o percentual de desconhecimento supera 70%, o que justificaria o índice tão baixo. Entre os três, o maior potencial de voto é de Janones, com 10%, sendo 7% de ‘poderia votar’ e 3% de ‘votaria’.
Para chegar aos resultados de rejeição e potencial de voto, a consultoria entrevistou 2 mil eleitores entre os dias 5 e 8 de maio. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.
Relacionadas
CartaExpressa
Governo inaugura nova fábrica da Hemobras em Pernambuco, com foco em biotecnologia
Por CartaCapitalCartaExpressa
Banqueiros não precisam do Estado, mas exigem superávit primário, ironiza Lula
Por CartaCapitalCartaExpressa
Militar alvo da PF por trama golpista pede a Moraes novo depoimento
Por CartaCapitalCartaExpressa
Justiça determina que filho de Lula não se aproxime da ex-namorada
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.