Sociedade

País registra maior número de casos de trabalho análogo à escravidão desde 2013

Os dados da Comissão Pastoral da Terra mostram que estado de Minas Gerais foi o que mais concentrou denúncias

Trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão (Foto: Ascom/MPT Bahia)
Apoie Siga-nos no

A fiscalização do trabalho resgatou 1.726 pessoas em 169 casos de trabalho análogo à escravidão em 2021, o maior número já registrado desde 2013, quando se contabilizou 170 casos. Os dados constam no levantamento Conflitos no Campo, Brasil 2021, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), divulgado nesta segunda-feira 18.

O número de resgatados no meio rural no ano passado é 76% maior do que em 2020. Já nas áreas urbanas, houve resgate de 197 trabalhadores, com 214 pessoas envolvidas. Ao todo, os registros apontam para um aumento de 113% de um ano para o outro.

O estado de Minas Gerais foi o que mais concentrou denúncias sobre os casos (763), o que resultou em 757 resgates. Na sequência, aparecem Goiás, com 330 denúncias e 302 trabalhadores resgatados, e o estado do Pará com 275 registros de denúncia e 109 resgates.

Os casos envolvendo crianças e adolescentes também aumentaram: 64 dos resgatados no ano passado eram crianças e adolescentes, o que representa aumento de 121% em relação a 2020. As regiões Sudeste e Centro-Oeste concentram o maior número de menores de idades escravizados, 19 menores cada.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo