Política

Sob pressão, Pacheco diz que abertura de CPI do MEC depende do crivo da presidência do Senado

De acordo com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), 26 assinaturas foram coletadas, das 27 necessárias

Sob pressão, Pacheco diz que abertura de CPI do MEC depende do crivo da presidência do Senado
Sob pressão, Pacheco diz que abertura de CPI do MEC depende do crivo da presidência do Senado
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atribuiu para si a avaliação de abrir ou não uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigue as suspeitas de corrupção no Ministério da Educação.

A oposição tenta coletar as assinaturas necessárias para instalar a comissão no Senado. De acordo com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), 26 assinaturas foram coletadas, das 27 necessárias. Se o pedido for apresentado à cúpula do Senado, cabe a Pacheco autorizar o funcionamento da investigação.

“Os critérios de CPI são assinaturas, o fato determinado, orçamento previsto. Então, quando se exige a existência de fato determinado, há um crivo sim da presidência de se entender se aquele fato determinado deve justificar uma CPI ou não”, afirmou Pacheco em entrevista a jornalistas no Senado.

A tentativa da oposição causou um impasse no plenário do Senado, nesta quinta-feira 7. A senadora Rose de Freitas (MDB-ES) diz ter sido vítima de uma fraude ao ter seu nome incluído na lista de assinaturas da CPI. “Isso é uma fraude. Quem fez isso tem que ser expulso desta Casa”, declarou.

O presidente do Senado anunciou que abrirá uma investigação para apurar o fato e organizar um novo modelo de coleta de assinaturas na Casa. Nesta semana, Pacheco evitou dar apoio à criação da CPI e defendeu “cautela” em instrumentos do Legislativo que possam virar palanque eleitoral.

Senadores, porém, pressionam pela abertura de uma investigação. Nesta quinta-feira 7, o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional, Marcelo Ponte, foi ouvido na Comissão de Educação do Senado e apresentou uma versão sobre o risco de sobrepreço na compra de ônibus escolares desmentida por documentos internos do próprio órgão.

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