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A alta dos juros e os preços das commodities vitaminam o Real

Por outro lado, o dólar cai, mas a inflação ainda não

A alta dos juros e os preços das commodities vitaminam o Real
A alta dos juros e os preços das commodities vitaminam o Real
Imagem: iStockphoto
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A alta do juro básico e o melhor desempenho dos preços das ­commodities em 30 anos resultaram na apreciação de mais de 15% do real desde janeiro, o que, ensinam os manuais de Economia, deveria reduzir preços de bens importados, como combustíveis, e baixar a inflação.

“O Banco Central estima que 10% de variação da taxa de câmbio impactaria 1 ponto porcentual na variação do IPCA, tanto para cima quanto para baixo. Então, daqui a um mês, mais ou menos, poderíamos ver uma queda na inflação de 1 ponto porcentual”, diz a economista Cristiane Quartaroli, do Banco Ourinvest, salientando que é mais comum o câmbio ser repassado aos preços quando sobe do que quando desce.

O economista de outra instituição financeira lembra que a transmissão da redução dos preços no atacado, que reflete o câmbio, para o varejo costuma demorar algo como uns dois trimestres, e que, por ora, o dólar mais baixo não compensou a alta dos preços internacionais do petróleo e de commodities agrícolas e fertilizantes. Aliás, o IGP-DI de março, que avançou 2,37%, acima do esperado (2,10%), foi pressionado pelos preços no atacado, sobretudo diesel, produtos agrícolas e adubos. O dólar passou cerca de dois anos na casa dos 5 reais, desde março de 2020.

Imagem: Redes sociais


CRÉDITO PELO CELULAR

Imagem: LabTrans-UEL

Com um novo aporte da empresa de ­private equity Stratus, a CreditCorp projeta chegar a 3 bilhões de reais em empréstimos para pequenas e médias empresas, inclusive a caminhoneiros, que são fornecedoras de companhias de seu portfólio. Ela desenvolveu um sistema que captura informações, avalia o crédito e libera o dinheiro em questão de minutos – e pelo celular – para PMEs cadastradas e com contrato assinado de antecipação de recebíveis, como duplicatas.


SAYONARÁ

Imagem: iStockphoto

A Toyota anunciou o fechamento de sua fábrica em São Bernardo do Campo, a primeira que a montadora japonesa abriu fora do Japão, 60 anos atrás. Sorocaba, Indaiatuba e Porto Feliz, no interior de São Paulo, dividirão a operação industrial. A Toyota diz que a mudança será gradual, com conclusão prevista para novembro de 2023, e os funcionários que quiserem poderão ser transferidos para outras unidades.


NA GARUPA

A venda de motos bateu, em março, o comércio de carros (110,1 mil contra 108,2 mil unidades). Enquanto o mercado de motos acelerou, o de carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus somou 146,8 mil unidades emplacadas, 22,5% a menos do que no terceiro mês de 2021, o menor resultado para março em 18 anos, informou a Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos.


NOVA DIREÇÃO

Imagem: AFP/Arquivo

Sem alarde, Octavio de Lazari Jr. (Bradesco), sucedeu a Pedro Moreira Salles (Itaú Unibanco) na presidência do Conselho Diretor da Febraban. Uma versão diz que Salles encerrou mandato de cinco anos (o normal são três) estendido por conta da pandemia. Outra, que ele queria ficar mais um ano, mas foi apeado por causa de iniciativas anti-Bolsonaro que quase levaram Caixa e Banco do Brasil a sair da entidade.

PUBLICADO NA EDIÇÃO Nº 1203 DE CARTACAPITAL, EM 13 DE ABRIL DE 2022.

Este texto aparece na edição impressa de CartaCapital sob o título “Real vitaminado”

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