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Sergio Camargo vira réu em queixa-crime apresentada por Tabata Amaral
A deputada aponta difamação e falsa acusação de racismo. A Justiça deu um prazo de 10 dias para o bolsonarista se manifestar


O presidente da Fundação Palmares, Sergio Camargo, virou réu em uma queixa-crime apresentada pela deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) por difamação e falsa acusação de racismo.
O juiz Renato Coelho Borelli, da 15ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, acolheu a denúncia apresentada pelo Ministério Público e estabeleceu, na segunda-feira 7, um prazo de 10 dias para o bolsonarista se manifestar.
A deputada entrou com o processo depois de Camargo usar as redes sociais para acusá-la de cometer racismo ao denunciá-lo por fake news.
Segundo a queixa-crime, Camargo teria reproduzido em suas redes sociais um falso diálogo entre Jair Bolsonaro e Tábata, no contexto dos vetos do ex-capitão ao projeto que previa entrega de absorventes a mulheres em vulnerabilidade.
Na publicação, Camargo atribui a Tábata a seguinte declaração: “Deixa eu menstruar, Bolsonaro”. A resposta do presidente seria: “E quando foi que eu proibi?”.
No processo, a deputada nega a veracidade do diálogo. Tábata entendeu que “o compartilhamento da fake news tinha, ao que tudo indica, o propósito de desmoralizar, ridicularizar e avilanar” sua honra.
Camargo ainda justificou à época, em seu Twitter, que “o meme foi compartilhado por milhares de pessoas, e ela ter escolhido logo um negão para processar mostra um provável racismo e perseguição”
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