Mundo
OMS alerta que pandemia está longe de acabar
Organização diz que vários países reduziram drasticamente seus testes usados para detectar novas variantes
“Esta pandemia está longe de acabar”, alertou, nesta quarta-feira 9, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, quase dois anos depois de dizer a palavra que espantou o mundo inteiro sobre a gravidade da crise sanitária causada pelo coronavírus.
“Esta sexta-feira fará dois anos desde que dissemos que a propagação da Covid-19 no mundo poderia ser descrita como uma pandemia”, disse Ghebreyesus, em conferência de imprensa, ainda virtual, em Genebra.
O chefe da OMS não deixou de lembrar que seis semanas antes, “quando apenas 100 casos foram registrados fora da China e nenhuma morte”, ele havia declarado o mais alto nível de alerta sanitário na OMS – uma emergência de saúde pública de interesse internacional.
Essa classificação, no entanto, não alcançou seus efeitos imediatos. Em vez disso, a organização foi posteriormente criticada por demorar muito para agir contra o desastre iminente.
“Dois anos depois, mais de 6 milhões de pessoas morreram”, disse Ghebreyesus.
Embora a OMS tenha indicado há algum tempo que o número de infecções e mortes está diminuindo, “esta pandemia está longe de terminar e não terminará em lugar algum se não conseguirmos em todos os lugares”, enfatizou o maior representante da instituição.
A OMS observou um crescimento muito forte na região do Pacífico Ocidental, embora globalmente o número de novas infecções e mortes tenham caído 5% e 8%, respectivamente, de acordo com o relatório epidemiológico, publicado semanalmente.
“O vírus continua evoluindo e continuamos enfrentando grandes obstáculos para levar vacinas, testes e tratamentos onde quer que sejam necessários”, insistiu Ghebreyesus.
A OMS está preocupada que vários países tenham reduzido drasticamente seus testes usados para detectar novas variantes. A estratégia de testes na África do Sul, por exemplo, permitiu que a cepa Ômicron fosse identificada rapidamente no final de novembro de 2021.
“Isso nos impede de ver onde está o vírus, como ele se espalha e como evolui”, alertou Ghebreyesus.
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