Mundo
Zelensky pede que Reino Unido classifique a Rússia como ‘Estado terrorista’
Em pronunciamento ao Parlamento britânico, o presidente da Ucrânia também cobrou mais sanções contra o Kremlin
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu nesta terça-feira 8 que o Reino Unido reconheça a Rússia como um “Estado terrorista”. A solicitação, dirigida ao premiê Boris Johnson, se deu durante pronunciamento virtual do líder ucraniano no Parlamento britânico.
No discurso, Zelensky reiterou seu apelo pelo estabelecimento de uma zona de exclusão aérea na Ucrânia, medida refutada – até aqui – pela aliança militar ocidental, a Otan.
O mandatário ucraniano agradeceu a Johnson pelo envio de armamento e por outros tipos de auxílio, mas pediu que o Reino Unido “aumente a pressão das sanções”, além de classificar a Rússia como “um Estado terrorista”.
“Por favor, garantam que os céus ucranianos estejam seguros”, disse ao Parlamento. “Por favor, certifiquem-se de fazer o que precisa ser feito e o que é estipulado pela grandeza de seu país.”
Segundo Zelensky, “mais de 50 crianças foram mortas” na Ucrânia desde o início da operação militar deflagrada pela Rússia.
Após o pronunciamento, Boris Johnson afirmou que “nunca antes a Câmara ouviu tal discurso”.
“Em uma grande capital europeia, agora ao alcance das armas russas, o presidente Volodymyr Zelenskyy está firme pela democracia e pela liberdade”, alegou o primeiro-ministro britânico.
CartaCapital
Há 30 anos, a principal referência em jornalismo progressista no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Biden suspende importação de petróleo russo para ‘aumentar pressão sobre Putin’
Por CartaCapital
Mais de dois milhões de refugiados da Ucrânia em apenas 12 dias de invasão russa
Por AFP
Posição do Brasil é de imparcialidade e não indiferença, diz chanceler sobre invasão russa
Por CartaCapital