Mundo
Putin impõe condição para diálogo com a Ucrânia: aceitar todas as exigências russas
Presidente russo também negou que as tropas do seu país tenham bombardeado Kiev e outras cidades da Ucrânia


O presidente russo, Vladimir Putin, disse em conversa com o chanceler alemão Olaf Scholz nesta sexta-feira 4 que um diálogo de paz com a Ucrânia só seria possível se “todas as exigências russas” fossem aceitas.
“A Rússia está aberta ao diálogo com o lado ucraniano, bem como com todos aqueles que querem a paz na Ucrânia. Mas com a condição de que todas as exigências russas sejam atendidas”, disse o Kremlin em um relatório sobre a ligação, que ocorreu “por iniciativa da Alemanha”.
As demandas incluem o status neutro e não nuclear da Ucrânia, sua “desnazificação”, o reconhecimento da Crimeia como parte da Rússia e a “soberania” dos separatistas nos territórios do leste da Ucrânia.
Segundo o Kremlin, Putin disse esperar que “os representantes de Kiev tomem uma posição razoável e construtiva na terceira rodada de negociações”.
A próxima reunião das delegações russa e ucraniana está marcada para o fim de semana, segundo um dos negociadores de Kiev.
O presidente russo negou que as tropas russas tenham bombardeado Kiev e outras cidades da Ucrânia e classificou essas acusações como “falsidades grosseiras”.
“As informações sobre o suposto bombardeio de Kiev e de outras grandes cidades são falsidades grosseiras e propagandísticas”, disse o presidente.
(Com informações da AFP)
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.