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Geórgia oficializa candidatura de ingresso na União Europeia

A invasão russa da Ucrânia na semana passada provocou uma grande preocupação na Geórgia, ex-república soviética, considerada pela Rússia como parte de sua área de influência.

Geórgia oficializa candidatura de ingresso na União Europeia
Geórgia oficializa candidatura de ingresso na União Europeia
Foto: AFP
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A Geórgia apresentou sua candidatura à União Europeia (UE), oficialmente, nesta quinta-feira 3 – disse o primeiro-ministro deste país nas montanhas do Cáucaso, Irakli Garibashvili, depois de a Ucrânia fazer o mesmo em meio à ofensiva russa.

“Entregamos nossa candidatura para aderirmos à UE”, disse Garibashvili em um comunicado, após assinar a carta de ingresso.

“A Geórgia é um Estado europeu e continua dando uma contribuição valiosa para sua proteção e para seu desenvolvimento”, acrescentou.

O ingresso na UE representa um “objetivo estratégico” da Geórgia, segundo Gaibashvili.

O partido no poder “Sonho Georgiano” anunciou na quarta-feira sua intenção de apresentar “imediatamente” sua candidatura, pouco depois de o presidente ucraniano Volodimir Zelensky fazer o mesmo com o próprio país.

A invasão russa da Ucrânia na semana passada provocou uma grande preocupação na Geórgia, ex-república soviética, considerada pela Rússia como parte de sua área de influência.

Em 2008, o exército russo interveio no país e Geórgia perdeu dois territórios separatistas pró-russos.

A crise entre Rússia e Ucrânia parece ter aberto uma oportunidade para a aspiração da Geórgia de entrar na UE – um objetivo que consta em sua Constituição.

O governo georgiano manifestou no ano passado sua intenção de apresentar sua candidatura à UE em 2024.

Tanto Geórgia quanto Ucrânia têm um acordo de associação com a UE que, no entanto, não oferece garantias de integração à União.

O país caucasiano vive uma grave crise política e o governo é acusado de perseguir as liberdades.

O ex-presidente Mikheil Saakashvili (2004-2013), líder da oposição, está preso desde outubro por abuso de poder. Em fevereiro, ele iniciou sua segunda greve de fome para denunciar seu caso, que considera uma detenção política.

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