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Bolsonaro fala em ditadura e promete: ‘Nos próximos dias, vai acontecer algo que vai nos salvar’
Ex-capitão não deixou pistas do que seria este ‘algo’; declaração foi celebrada por apoiadores
O presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu nesta quinta-feira 10 a apoiadores que o acompanhavam no cercadinho em frente ao Palácio do Alvorada que ‘algo’ irá acontecer nos próximos dias para ‘salvar o Brasil’. O ex-capitão falava sobre Cuba e Venezuela, mas não deixou pistas sobre o que seria este ‘algo’ a que ele se referia.
“Qual a diferença de uma ditadura que vem pelas armas, como é em Cuba e Venezuela, e a ditadura que vem pelas canetas? Nenhuma. Vocês sabem o que está acontecendo no Brasil. Acredito em Deus e nos próximos dias vai acontecer algo que vai nos salvar no Brasil. Tenham certeza disso”, afirmou.
A declaração confusa foi celebrada por apoiadores. Em meio aos aplausos, um pastor bolsonarista que orava para o ex-capitão no início da conversa disse que, ainda no primeiro semestre, ‘Deus irá levantar o tapete e varrer toda a imundice do Brasil’. “O Brasil todo vai se surpreender, até quem foi o mandante da sua facada”, garante o homem.
Em seguida, o grupo faz uma nova oração e Bolsonaro muda de assunto, confirmando que irá viajar para a Rússia na próxima segunda-feira 14.
Ainda no cercadinho, Bolsonaro voltou a criticar a adoção de passaportes sanitários por prefeitos e governadores. Ao ouvir o relato sobre a exigência em Manaus, disparou:
“Rapaz, parece que tá dentro de alguns aquele espírito de ditador, ‘quero mandar’, ‘vai vacinar teu filho’, ‘não pode entrar aqui’. Então pessoal, voto pra presidente é importante, mas pra vereador também é, tá ok?”. A declaração foi direcionada ao prefeito David de Almeida (Avante).
Em outro momento, ao fazer uma rápida referência a Lula (PT), o ex-capitão também criticou a proposta de regulamentação da mídia feita pelo petista. Ao tratar do assunto, atacou o adversário chamando de canalha.
“Agora com o celular, com a mídia livre…vai continuar livre, porque não vai ser um canalha ou outro que vai querer cercear a liberdade nossa…vocês sabem ao que estou me referindo…Com esse tipo de informação que eles tem, essa prisão [pressão por votos em pequenas cidades] vai deixar de existir”, disse.
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