CartaExpressa

‘Eu já distribuí mais vacinas que você’, diz Queiroga a repórter

O ministro bolsonarista voltou a se irritar ao ser questionado sobre o baixo alcance da imunização infantil

‘Eu já distribuí mais vacinas que você’, diz Queiroga a repórter
‘Eu já distribuí mais vacinas que você’, diz Queiroga a repórter
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Foto: Isac Nóbrega/PR
Apoie Siga-nos no

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a se irritar com uma jornalista após ser questionado, nesta terça-feira 8, sobre o baixo alcance da vacinação de crianças contra a Covid-19.

“Já distribuí 430 milhões de vezes mais vacina do que você, que está falando que eu atraso. Você não distribuiu nenhuma, nenhuma, nenhuma dose”, disse a uma repórter da GloboNews.

Na sequência, o bolsonarista se dirigiu à imprensa em geral: “Para conter a pandemia é muito mais importante avançar na terceira dose do que ficar nesse nhenhenhém [sic] de vocês aqui que estamos atrasando dose de vacina”.

Ao questionar Queiroga, a jornalista da GloboNews mencionou ações do governo federal que, na prática, atrasaram o início da imunização infantil, como a abertura de uma consulta pública para ouvir leigos sobre o assunto.

Segundo levantamento realizado pela GloboNews com dados atualizados até a última segunda 7, apenas 18,8% das crianças de 5 a 11 anos receberam a 1ª dose do imunizante. Em números absolutos, pouco mais de 3,7 milhões de crianças dessa faixa etária se vacinaram, de um total de 20 milhões.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo